quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Emputece-te

Emputece-te!

Emputece-te
Ao ou ouvir os desleixos dos reacionários.
Emputece-te
Ao ver ao ver a falta de senso crítico do teu colega,
ao perceber o excesso de certezas absurdas,
ao sentir a demasiada ganância no ato do egoísta.
Emputece-te!
Emputece-te com calma, mesmo no momento da raiva.
E emputece-te com raiva, mesmo no momento da calma.

O absurdo é tão grande que já não é possível virar a cara.
Pelo menos para aqueles que já viram - não é possível voltar atrás.

A verdade sempre é desconfortável para os que privilegiam-se da mentira.
Consciente ou inconscientemente.

Emputece-te e não te acalma!
A calmaria é conformista.

E também não te preocupas, que não é o emputecimento que tira tua paz.
Tua paz quem tira é quem está em paz com a imoralidade.

Guiomar Baccin

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Sobre a Revolução II


A Revolução não começou com os protestos de 2013, muito menos com o resgate de animais aprisionados e abusados no Instituto Royal. 

A Revolução começa quando existe o debate. A Revolução começa somente com o questionamento. Com a dúvida. Dessa dúvida deve segui-se o esclarecimento moral para que haja autonomia do indivíduo.

Utilizar a palavra "revolução" empregando o contexto epistemológico da época em que está sendo utilizada, com certeza, é de vital importância para a composição da expressão. Mas hoje quero deixar isso de lado. 

Em nossa sociedade, o debate está em alta. Talvez um dos motivos seja esse poderoso meio de comunicação que chamados de internet.

Muitas pessoas que realmente estão engajadas na causa também estão na internet, e saem dela, vão para as ruas, para as reuniões, fazem-se ouvir por aqueles que se acham soberanos de nossa classe. 

Eu gostaria que algumas ações não fossem necessárias, mas são. 

Por isso, continuemos debatendo!


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Tragédia quase grega

Casados há pouco tempo, a mulher declara que está grávida.
Era uma família rica, morando em uma casa grande no sul da América do Sul. Todos ficaram muito feliz com a notícias: foram vários jantares para comemorar a vinda do novo membro da família.
Passaram-se os nove meses e nasceu um lindo e forte menino. O susto aconteceu quando, dias após o nascimento, o bebê sumiu. Foi no meio da noite.
Os pais, apavorados, saíram a procura de seu recém-nascido. Correram por toda a casa, procuraram em todos os cantos do jardim. O seu bebê não estava por lá.
Fora dos portões do casarão, havia um bosque e foi lá que os jovens pais continuaram a procura de seu filho. Quando entraram no bosque se assustaram: eram muitos os sapatinhos de bebê que estava por lá, pendurados em árvores. E recomeçaram a procura. Procuraram por dias a fio. Resolveram dormir pelo bosque, não queriam perder tempo indo pra casa. Já estava escuro quando escolheram uma árvore para passar a noite e não viram que seu filho estava pendurado em um galho abaixo do galho no qual dormiam.
No meio da noite, um choro, um berro estridente acordou o pai no susto. Por instinto, pegou a espada que trazia consigo e cravou em um ventre.
Era o ventre de seu próprio filho, pendurado no galho abaixo do seu.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Reclames de uma noite qualquer

É Freud Mano!

Freud já dizia: “Viva o país da piada pronta”, “Viva o país da piada pronta”!
Um lugar tão classista, revolucionário briga pra continuar revolucionário!
Esquerda não é oposição.
Emboaba que paga de cara pintada.
 “Façamos a revolução,
Depois vejamos pelo que!”
Um lugar de paradisíaca pós-modernidade.
E vejam só: tiraram da burguesia a liberdade!
Pobrezinhos. Logo eles, com tanto a reclamar
De seu governo assistencialista,
De sua política paternalista,
De seu espírito fascista

E sua vida hedonista!                                                               

sábado, 14 de setembro de 2013

Gabriela

Cada erro que eu cometer será um motivo a mais para superar o erro. 
Cada dia que eu acordar do teu lado será um dia a mais bem vivido em minha vida. 
Cada noite que eu não passar contigo será desperdício de energia. 
Cada decisão tomada junto com você será a certeza de sucesso. 
Cada passo ao teu lado é a certeza de estar no caminho certo. 
Cada palavra trocada com você será uma razão para continuar.
Cada abraço trará a sensação de segurança que tenho contigo.
Cada beijo será uma faísca de nosso amor.
Cada orgasmo será a explosão de nossa energia. 
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Guiomar Baccin
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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

"A Lei do mais forte"

Onde se originou a concepção de que há seres vivos “fortes”, que não são vulneráveis e podem fazer com os “fracos” tudo o que bem entendem quando se trata de defender os próprios interesses? Na história do pensamento ético ocidental, originada na Grécia, a partir do sexto século anterior à nossa era, concepções opostas da natureza viva animada foram elaboradas, por Pitágoras e por Aristóteles. Nossa formatação moral é signatária da concepção aristotélica, antropocêntrica e hierárquica, típica da racionalidade escravocrata. A concepção ética de Pitágoras nos teria levado ao domínio não-tirânico sobre outras espécies vivas, mas ela continua a ser ocultada nos ensinamentos acadêmicos.

Mesmo formatados moralmente pela tradição aristotélica, somos dotados da capacidade de raciocínio não-escravocrata, algo que a tradição moral tenta boicotar nas crianças, desde a mais tenra idade, mas não pode erradicar da mente humana, pois nela também está arraigada a ideia da igualdade, sem a qual nos sentiríamos moralmente impotentes. Se é verdade que não respondemos pelos erros morais cometidos por desconhecermos o caráter da formatação moral que nos é imposta socialmente, também é verdade que passamos a responder moralmente pelo que fazemos depois de conhecer os erros aos quais essa formatação moral tradicional nos induziu. Por isso, só se pode ser ético quando se perde a inocência moral, o que quer dizer, é preciso conhecer o mal para poder evitá-lo.

Estamos num tempo em que não se pode continuar a viver na ingenuidade de recém-nascidos, pois estamos mais próximos da morte total do que jamais o estiveram nossos antepassados. Refiro-me à morte de todas as espécies vivas, ameaçadas pela violência de nosso modo atual de viver, produzir, consumir e descartar. Consumir a vida alheia tornou-se a forma de vida de todos os humanos, da alimentação ao vestuário, do lazer ao medicamento, da cosmética à guerra. Tudo passa por tirar a vida dos animais, ou privá-los de seu bem-estar específico. Desde o Código de Hamurábi, a vida das bestas tinha valor, por ser objeto de troca. Hoje, quatro mil anos mais tarde, a vida de qualquer animal só tem valor se for de interesse comercial.

Sônia T. Felipe – Revista Páginas de Filosofia, v. 1, n. 1, jan-jul/2009

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Os viajantes Cristais


Os viajantes Cristais


Chegamos para trazer a luz
Viemos com o exercito da paz,
Abdicamo-nos de confrontos, pois,
Viemos propagar a energia Cristal.
Ultrapassamos as cortinas do plano etéreo
Com o combustível da sustentabilidade mental.
Somos espíritos viajantes, sucessores índigo,
Viemos trazer o plano para a evolução humana, e,
Livrá-los das agressivas garras do destino mortal.

Investidos como juízes, condenamos o ego, e,
Tudo que venha a degradar o corpo material
Desta espécie que roda em torno de si.
Na condição humana, manifestamo-nos,
Ainda quando no involucro corpo de uma criança.
Viemos, com o amor embutido em nossa mente,
Oferecer a salvação para esses seres descrentes
Que hoje se encontram há um passo de Caim.

O Deus-Universo fala!... As estrelas projetam a sua voz.
O nosso coronário chacra contata mensagens divinas.
Nossa Sensibilidade é demasiada. Quando o outro se fere,
Também nos ferimos, quando o outro ama...
Ficamos extasiados, pois esta é a nossa maior conquista.

- Carlos Conrado 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Série: Freud Já Dizia!

Freud já dizia: buscamos a satisfação da libido! A flexibilidade moral e a liberdade do século XXI nos permitem ver símbolos fálicos por toda a parte. A criatividade bolina nossos desejos. Um assédio desmedido, a saciação descomunal dos desejos imediatos. Imediatismo! Buscamos – já, agora! – o paraíso na terra, portanto observamos o homem antropologicamente petrolífero, o indivíduo eletricamente super poderoso!
O objetivo da civilização é proporcionar conforto aos traseiros e egos alheios. Não conseguimos mais abandonar as regalias que a ciência nos deu. Evoluímos: somos os Homo Ignóris Esforçús Sapiens. Note que o sapiens vem por último.
As regalias científicas acomodam nosso instinto primitivo de sobrevivência (somos vadios), seccionam-nos em cátedras minúsculas do conhecimento potencializando a distância e a dependência dos homens (somos sozinhos e despreparados). A informação pasteurizada – ingenuamente imparcial – ministrada com apelação sexual para saciação da ordem libidinosa funciona como um Viagra moral, trazem uma falsa – e muitas vezes duradoura – sensação de conforto e preparo (a propaganda de cerveja com mulher semi-nua no intervalo do jornal não é por acaso, é fruto do mundo pop que consome ideais prontos).

No fim das contas temos: a mídia masturba o ser que goza com o capitalismo, mas broxa para a existência. 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Desenterrando a série Freud já dizia

     Freud já dizia: “Viva o país da piada pronta”. Um lugar tão classista que revolucionário briga pra manter status de revolucionário! Emboabas aproveitam pra pagar de cara pintada. Esquerda não é oposição. “Façamos a revolução, depois descobriremos por que!” Um lugar de paradisíaca pós-modernidade. E vejam só: tiraram o direito da burguesia criticar! Pobrezinhos. Logo eles, com tanto a reclamar de seu governo assistencialista.
     Acusam-nos de sermos paternalistas. Mas o problema é com a mãe. Portugal foi uma má mãe e agora deu nisso. Ganhamos a independência de mão beijada e não deixamos de amar mamãe Portugal. O brazil tem Complexo de Édipo! É Freud mano.
     Só pode dar em piada um lugar que não entende bem o livro fundamento do próprio sistema. É Freud mano.


     E quando perguntarem filosofia pra que? Responda “Pra fazer piadas do tipo, ‘é Freud mano’”. 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Impressões insones

As palavras são mortas. Jorram melífluas delineadas por lábios e línguas. Uma vibração de cordas cortando o ar vazio. É isso, num variante de vazio e ar as palavras morrem.
Profundas. Nascem para colorir o intimo solitário de alguém. Percorrem milhas incalculáveis até atingir a realidade e deparar-se com uma impossibilidade. Elas não existem. São mortas.
Ímpares. Carregam algo de essência etérea que se desfaz. Partindo do mundo ideal onde são concebidas as palavras-ideias esfarelam-se, esfacelam-se, desvirtuam-se, envenenam-se. E morrem.
IMPOSSIVELMENTE, E ISSO DIGO COM MAIS CERTEZA DE QUE ME É POSSÍVEL OU RAZOÁVEL, EXISTEM OU CUMPREM MINIMAMENTE SEU PAPEL – TAIS MALDITOS ENGODOS! – JAMAIS CONECTARÃO PESSOAS OU ACALENTARÃO ALMAS! AS PALAVRAS, SÃO MORTAS. MORTAS!

O entendimento é uma crença. Uma convenção forçosa como qualquer outra. A distancia milenar e eterna entre cada um não pode ser vencida com vibração de ar, com algo envenenado ou desvirtuado. Falar é exercitar o nada. Excitar-se sem par. 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Imagens nas mãos do Deus-Universo

Imagens nas mãos do Deus-Universo

As mãos do Criador estão chorando...
Desígnios iludidos sobrevoam
O espírito da grande tragédia.
Fausto brinca com as máscaras do amor,
E beija em êxtase profano os lábios do Futuro.
A Esperança é uma velha caquética,
Definhando a sinfonia de uma nobre orquestra.
Guardando as sujeiras do mundo
Em seu enegrecido sobretudo.
O criador ver tudo!...
Ela, a senhora que mal se sustenta,
Percorre em passos curtos
O proscênio encrustado no hemisfério direito
Do onisciente e onipotente cérebro.
Hamlet é o alterego da Felicidade,
Filho de um arquiteto de sonhos
Com a senhora Verdade.
Rebelde sem manifesto, um neo anarquista violado,
Herói sem glorias... Tal qual a Humanidade!

As mãos do Criador continuam chorando...

Nos ouvidos deste poeta ecoam zunidos de repúdio.
Logo percebo, o Deus-Universo ensaia a sua ira sobre o Todo e o Tudo.
Reminiscências dos detratores do seu soberano reino
São esmagadas pelas mãos que enfatizam
A fúria divina como produto antecessor da paz.
A vida é o abrir e fechar das mãos do Deus-Universo.

-Carlos Conrado

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Um olhar

Abro a janela de meu quarto
E já é escuro.
Procuro alguma coisa,
Tenho minha solidão.
Tão pura e tão minha.

Um cigarro;
Para não desprezar o prazer.
Uma música;
Para encontrar a mim mesmo.
A caneta e o papel;
E lá se vai minha solidão.

Chegaram as lembranças.
E aqui está meu coração.

terça-feira, 28 de maio de 2013

A Surpresa


O novo
Encarando seu coração
Uma nova era
Atenção, pessoas
Vivam com emoção
Sem medo do que te espera

A surpresa
Gerando reações
Nunca esperadas
Um mar
De emoções
Nunca alcançadas

A decisão
Construindo um castelo
Das montanhas ao luar
Uma estrela
Brilho amarelo
A esperar

O sentimento
Tão lindo
Faz tudo acontecer
Permanece vivo
E continua vindo
Até desaparecer

A vida
Tão bela
E tão feia
Não poupa ninguém
Além da janela
Atrás do monte de areia

Guiomar Baccin


segunda-feira, 27 de maio de 2013

O Poder da Escolha


Isso é realmente engraçado,
Algumas pessoas, talvez a maioria delas
Lutam a vida toda pelo direito de escolha,
Mais do que isso, chamam isso de liberdade.

Afinal, liberdade de quê?
De quem? de escolher que opções?
As que outros optaram?

Liberdade não é escolher,
liberdade é criar a própria questão,
Sabendo que a escolha
Sempre esteve em seu coração.

Você começa a pensar
Em coisas do passado,
Talvez tenha aprendido a lição.

Os quadros na parede,
De que lhe vale tal troféu?
Dentro de você os livros refletem na estante.

Olá, você deixou cair o seu véu...
Quem antes só havia de tentar,
Agora há de conseguir.

Guiomar Baccin

sexta-feira, 24 de maio de 2013

O Vinho e a solidão

Quando a tristeza me visita
Faço de qualquer quarto um cárcere.
Na companhia de uma taça que não me merece
Peço que a amante inspiração insista.

Que no papel branco eu comece

A grafar uma dor mista.
Na garganta da solidão o vinho desce
Enquanto seu corpo tenta... mas não grita.

Um poeta no tédio fenece

Após uma luta aos moldes xiita.
O crepúsculo chega!... Anoitece.

O poeta satisfeito fita

A dança dos versos que agora acontece.
Cala-se a tristeza, pois ela se irrita.

- Carlos Conrado-


Em Italiano:


Il vino e la solitudine


Quando la tristezza mi visita

Faccio di qualsiasi stanza una prigione.
Accompagnato da un bicchiere che non mi merita
Chiedo che l'amante ispirazione tenga duro.

Che nel foglio bianco io cominci

A scrivere un dolore impuro.
Nella gola della solitudine il vino cade
Mentre il suo corpo cerca di ... ma non grida.

Un poeta si estingue nella noia

Dopo una lotta contro i modelli sciiti.
l'imbrunire arriva! ... Cala la notte

Il poeta soddisfatto fissa

La danza dei versi che avviene ora.
Tace la tristezza, poiché è indispettita.

Texto: Carlos Conrado 

Tradução: Rosanna Lapenna

quinta-feira, 23 de maio de 2013

(I)Mundo Meu!


            Egoístas!  Egocêntricos! Egóicos! Esguios! Estamos chegando ao ápice! Eu gosto de exclamações! É tudo em primeira pessoa, tudo é a meu respeito. Marx nunca esteve tão errado. O fim da sociedade e do capitalismo como ele conheceu deu origem ao inverso do imaginado. A consciência de classe é um sonho utópico (distópico?). Descambamos ao teórico inverso do que disseram! Malditos marxistas mentirosos!
            É visível nosso egoísmo e ou consumismo. Nosso sistema de mundo, o capitalista, é firmado num consenso coletivo de que é o melhor dos piores, sendo que, todos que existem são ruins (afirmo isso sabendo das milhares de teorias contrárias a ele, e cheias de razão, mas tratemos do tipo ideal de cidadão atual). O poder de coerção do dinheiro nos mima. Estamos enclausurados. Na clausura divertimo-nos esquizofrenicamente conosco. Nosso companheiro de cela imaginário, um alterego psicologicamente real e testável. Nos enche de orgulho e prazer.
            O negócio é com a gente mesmo. Trata-se de sentir nossos limites. As conexões feitas são para suprir desejos pessoais. O Outro figura como fetiche do Eu. A noção de sociedade é dilacerada em nosso intimo e vemos tudo em primeira pessoa. Somos todos autistas!
            Não consigo não ser repetitivo. Não consigo não ser egocêntrico.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Os defensores do pelintra

Insônia, desabafo e respeito (ou a falta dele) II

Pela frente se fala uma coisa, pelas costas, outra.
Se sou sincero, constranjo. Se calo, levo pelas costas.
Devo respeitar o reacionário, mas não posso falar a verdade.
O gosto deve ser mais importante. O que eu acho é o que vale.
Perco leitores a cada post, pois incomodo.
Sinto vontade de deixar pra lá, mas então perde o sentido.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Insônia, desabafo e respeito (ou a falta dele)


Em um mundo onde a opinião pessoal tornou-se o mais importante de tudo, 
não é de se admirar que o respeito seja solicitado gratuitamente.
O que eu acho, 
ou o que você acha 
deveria ter sido deixado no século XX. 
É preciso, 
é necessário que seja pensado o coletivo. 
Não estou dizendo que devemos perder a individualidade. 
Escrevi em dois mil e sete e repito agora: 
somente a individualidade é capaz de formar um verdadeiro coletivo.

Guiomar Baccin
.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

E a história segue...

Segue aqui o ultimo pedaço produzido da minha historinha. ^^


                O comerciante não tinha habilidades de rastreamento, todavia seu raciocínio apurado e conhecimento da região o levou até a próxima vila. No vale entre montanhas verdes e tímidas. Um lugar de trabalhadores campestres, mineiros e truculentos seres de índole questionável e paciência variável. O jovem não poderia ter chegado ainda à cidade, estava a pé e não conhecia os perigos da estrada. Ouviu há alguns dias sobre uma besta solta as redondezas com a cabeça a prêmio. Os relatos brutais beiravam o absurdo se pouco daquilo fosse verdade talvez tivesse de voltar o caminho e procurar à beira das estradas restos brancos e insípidos de carne morta.
                Com cuidado extra fez o caminho mais curto em um dia e meio chegando à estalagem da cidadela pouco antes do fim da tarde. Estava faminto e cansado. Trocou algumas palavras com o estalajadeiro e nenhuma notícia do viajante obteve. Como suspeitava, ele ainda não haveria de ter chegado. Teria tempo para bolar uma emboscada. Pensou em espalhar a má reputação do viajante e esperar sua captura, depois apenas pegaria sua lamina como troféu e regressaria. Não, aquele devia ser seu trunfo. Apenas seu.
                Com a prata da lua alta e turvada por folhas de antigas ávores, aguardava a fumaça áspera de seu cachimbo lhe clarear a mente quando ouviu rumores de um grupo de ladrões passando na região. Ladrões são boa fonte de mercadoria. Talvez os procurasse.
                Estava em pé, alto, chapéu de grandes abas e cachimbo em mãos, num ambiente com o vento entrando apertado pelas duras janelas e frestas da madeira torta, caminhando em direção a porta ouviu outro relato do ataque da besta sem nome. Sentiu a alma esfriar enquanto parava e voltava sua atenção a um garoto maltrapilho pálido de medo. As conversas na estalagem silenciaram conforme o menino falava. Homens sujos, com grossas barbas e poucas maneiras emudeceram frente ao menino sentado próximo ao balcão. Trêmulo falava rápido demais causando horripilante impressão. Disse ver antigos escritos sobre uma pedra ao lado dos restos de um cadáver rasgado na estrada do sul. O corpo, próximo a uma arvore partida, tinha lascas grossas de casca de madeira cravada nos olhos e o tórax aberto por um golpe vertical com garras. O golpe não deve ter sido rápido ou profundo o suficiente para matar instantaneamente, pois além do sangue no cadáver, boa quantidade de urina e fezes apodreciam no local. O garoto desmaiou após se aproximar e ver as vísceras da vitima ao chão formando letras. O forte cheiro lhe devolveu a consciência então correu como pode de volta a vila. O horror impediu de identificar qualquer palavra escrita, seja na pedra de sangue ou no chão de tripas.
                Um grupo de homens sacou as armas e partiu em direção à estrada sul. Talvez pela recompensa ou pela curiosidade de testar a história, foram. Voltou o comerciante e sentou novamente para aguardar o retorno da armada. Gostaria de saber a verdade sobre o caso ou contrataria o garoto por inventar histórias excelentes.
                Sua sorte diminuía. Ladrões e uma fera vagando ao redor de seu alvo. Se qualquer um encontrasse-o antes seria mais difícil adquirir a lâmina e não teria seu desforro.

***

                O Conselho dos Nove era velho e familiarizado com as barbáries da floresta. Detinham conhecimento suficiente para reconhecer prontamente mentiras cabulosas, delírios ou fatos hiperbólicos. Todo assunto trazido ao conselho chegava afundado em exagerações. Extraindo-se adjetivos nefastos com perguntas simples era possível polir as idéias. Porém, poucos adjetivos caíram sobre as historias do ser da floresta sem lei. Isso preocupou alguns conselheiros.
                Ninguém sabia ao certo a identidade dos que ali ocupavam poltronas escuras e altas em semicírculo, nem os próprios integrantes do grupo.  Chegavam ao posto por indicação dos chefes dos antigos clãs do oeste e apenas esses sabiam seus nomes. A cada um cabia alcunha secular dada ao cargo: a perfeição, o rei, o belo, o impar, o conquistador, o oculto, o mago, o viril e o juiz. Cada alcunha impregnada de fardo e glória. O único a mostrar a face era o belo, sendo assim, o porta-voz do conselho. Não havia ordem hierárquica e só através de unanimidade tomavam decisões. Acontecimento esse ainda não registrado desde a criação das nove cadeiras

continua ...

terça-feira, 9 de abril de 2013

Que se passem os anos, mas que não se percam as emoções

Algumas cancões falam disso...
"O futuro não é mais como era antigamente", disse Renato Russo;
"O ano dois mil era futuro a pouco tempo atrás", disse Humberto Gessinger.

Lembro dos meus quinze anos, dez anos atrás.
A loucura já estava presente, nem tanto a preocupação.
Vi amigos mudando. Eu mesmo mudei.
Era mais fácil se desligar. Preocupava-se o dinheiro para o final de semana, mas não o dinheiro para o mês inteiro.
Preocupava-se a organização da festa de fim de ano, mas não as bombas nucleares.

Hoje a responsabilidade é maior.
Mas junto com as responsabilidades vem grandes poderes!
Que se passem os anos, mas que não se percam as emoções.
Ainda gosto de jogar video game, mas mal tenho tempo para isso.
Demorei um pouco para perceber o que eu posso realizar.
Ainda estou em processo de mudança. Acho que isso nunca vai parar.

"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante", disse o mestre Raul Seixas.
"Para com isso, bicho!" ehehehe. Algumas vezes é o que eu tenho vontade de dizer para algumas pessoas.
Simplesmente, para com isso, bicho! Mas não adianta. Algumas pessoas nunca vão parar.
E, quem sabe, eu seja uma delas. Eu nunca hei de parar.
Comecei, e uma vez começado eu não tenho outra escolha.
Ah, por isso sou livre!

Estamos tão no começo! Tantas barbaridades foram cometidas.
É tempo de rever o que queremos. É tempo de fazer.
E existe tanto para ser feito! É preciso evoluir.
Individualmente e coletivamente.
É isso que eu desejo. Que possamos nos tornar uma civilização humana!

Paz.
Guiomar Baccin


sábado, 6 de abril de 2013

Liberdade mesmo que tardia

O caos existe em tudo. A grande trama da entropia enreda aleatoriamente o véu das fiadeiras. O alheio é único e completo. Bate sorrateiro entre as dimensões a ausência de intenção, o descaso, a sordidez. E no vazio ritombante, o chiado da existência dança o ritmo frio da tristeza, flerta o sadismo, repousa suave nos braços da violência. Só então a sensatez já estará esquecida. Como um antigo relógio quebrado, nem tão util nem tão precioso.
Mesmo impossivel, a subversão de todos os valores deve ser almejada. Ela amplia o rol de possibilidades e explora a triste liberdade a qual estamos aprisionados.
Observar passional o vórtex de desejo no interior do indivíduo é necessário. O olho do furacão triturador de super-ego emerge cada dia mais e escancara uma sociedade inescrupulosa. O mercado absorve nossa personalidade.
Somos máquina de pulsão do desejo alheio. Cairam as referências, pouco se sabe quem é. Maximizamos a vida íntima. Egos flamejantes masturbados pela mídia, mão doce do capital. Vibramos em altas frequência. Esses efemeros nós, tão pouco verdadeiros, tão derradeiros e cada vez mais finitos. Acabaram-se os tempos da imortalidade, acabaram-se os tempos todos.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Veganismo: uma vontade livre

      Georg Wilhelm Friedrich Hegel nos diz que a educação serve para que um indivíduo possa ter uma vontade livre. Na verdade, o termo utilizado é "formar indivíduos com vontade livre", mas adaptei, para não parecer que nosso amigo filósofo deseja industrializar a formação do indivíduo. 
      Vamos esclarecer: O princípio fundamental da vontade é que sua liberdade tenha lugar e se mantenha., mas, por si só [a vontade] é arbítrio, pois este tem um interesse limitado e tira suas determinações dos impulsos e tendências naturais. É alienada e/ou influenciada, até mesmo instintiva - ou seja, sem educação o que encontraremos é um indivíduo que acha que sabe o que quer, mas jamais argumentará logicamente sobre o motivo do seu querer.
      Seguindo essa linha de raciocínio, um indivíduo conseguirá tomar sua própria decisão, baseada em suas próprias contemplações, apenas quando conseguir enxergar o mundo com seus próprios olhos e não com olhos de outro. É preciso analisar as situações, a história, o contexto. É preciso não ser anacrônico, é preciso fazer muitas comparações e considerações. Não há uma fórmula pronta para atingir a "consciência plena", é preciso pensar. Pensar por si.
     Utilizo essa passagem para argumentar o ponto que considero mais crítico quando discuto sobre vegetarianismo: a vontade. Na verdade, é o único ponto que eu ainda acho que valha a pena ser discutido. Aqui é possível que me achem arrogante, porém questões como ética e direitos animais já são por demais batidos. Provados, comprovados. Até agora não vi - e, mesmo não fechando minha mente para a possibilidade, duvido muito que exista - um só argumento válido e verdadeiro para a premissa de que é "de direito" que podemos fazer dos animais, produtos.
      Ah, mas a vontade... a vontade! Isso sim é de direito! Se você deve pensar por si mesmo, não deve importar o argumento, certo? Errado. Completamente errado. A única coisa que importa é o argumento! Não estou dizendo que o homem deva ser assim ou assado, simplesmente estou dizendo que o homem adquiriu a noção de diferenciação. De noção, de ponderação e decisão. Pensar que se todos chegarem à mesma conclusão e decisão este não seria um mundo "legal" ou livre, é pensar com a cabeça dos outros. Dos alienados, dos que não pensam, apenas agem segundo seus instintos.
      Torna-te o que tu és! Um ser pensante! Um puro pensar. Um puro ponderar, um puro decidir, um puro agir. Você existe a mais ou menos 13.8 bilhões de anos. Torna-te o que tu és! A evolução. Dezenas de centenas de bilhões de horas! Analisa o conteúdo. Não se deixe influenciar pela maioria.
      Aparentemente, um motivo qualquer serve para justificar uma doutrina qualquer. Porque o sol irá engolir a terra daqui a milhões de anos é estúpido lutar por uma vida mais justa. Que lógica incrível!
      Você deve simplesmente acreditar nas historinhas que te contaram quando você era criança. E você simplesmente leva isso para o resto da sua vida! É hora de acordar! Tenta sentir que você não veio de algum lugar ou está indo para algum. Você é algo. Você não está em algo. Você simplesmente é algo.
      Os que lutam estão sendo ridicularizados por aqueles que querem simplesmente manter o sistema. Essa mensagem é perigosa. Pode ser mal interpretada. Eu entendo. É muita televisão para pouca vida.
      O que eu peço para vocês, leitores, hoje, é muito simples: independente da sua crença ou postura, tente apenas olhar para dentro de você mesmo e veja o que encontra. Não precisa falar para ninguém o que encontrou, nem falar que fez, nem nada. Apenas faça e comunique-se com você mesmo. O que você enxerga? Será que tem um EU aí dentro? Ou existe apenas OUTROS?

Paz.
Guiomar Baccin

domingo, 31 de março de 2013

Vegetarianismo foi a melhor escolha que eu fiz na vida!



Resposta: por Gabriela de Oliveira

Há pouco mais de dois anos eu me tornei vegetariana. Foi um momento de compaixão, de olhar para o próximo e me importar com sua dor sem me importar se era ou não da mesma espécie que eu. E eu me sinto muito bem por ter feito tal escolha.

Nesses dois anos de escolha pessoal, eu já ouvi todo tipo de piadinha e falta de respeito que fosse possível. Sim, eu já ouvi tudo quanto é tipo de coisa, desde: “mas os animais existem para nos servir,” até “deus permite que comemos animais, então não é errado.” O pior de tudo é que, em 99% das vezes, a pessoa me perguntava o porquê de eu ser vegetariana e, após minha resposta, dizia que eu era exagerada, radical e que estava tentando convencê-lo a não comer carne, sendo que o próprio me convidava para churrasco dizendo: “se você provar o meu churrasco, deixará de ser vegetariana.”

Quando se faz algo diferente do que a maioria faz, é normal ter essa resistência, o tal medo das coisas novas. Mas há pessoas que, mesmo não concordando comigo, discutiam numa boa, argumentavam seus pontos de vista e a coisa acabava ali. Em contra partida, tenho amigos com quem nunca debati o porquê, eles sabem que eu não como carne e conversamos sobre tantas outras coisas que se há para conversar no mundo.

Mas o que realmente me faz escrever esse texto é algo que aconteceu nessa última semana. É um belo dia em que eu acesso a rede social, como todos os dias. Mas neste dia, deparei-me com o texto de um amigo, que não tinha a intenção de ofender ninguém, mas ofendia muita gente. O texto não apenas mostrava claramente a sua opinião sobre o consumo de carne, mas ofendia qualquer vegetariano ativista. Sentir-se irritado por postagens acerca do vegetarianismo? Pois eu leio quase todos os dias que as pessoas estão planejando churrasco, estão comendo churrasco, que amam bacon e não me incomodo com isso a ponto de fazer um texto dizendo que eles parecem religiosos pelo consumo desenfreado de carne.
Ao ser criticado por tal texto, deixou claro que quem o criticou era estúpido, pois não havia entendido o tal texto; foi pedido, então, uma explicação, já que o texto foi mal interpretado, mas a resposta do autor foi de que estava tudo muito bem explicado, era só ler o texto. Em primeiro lugar, qualquer um que escreve um texto de opinião deveria ser maduro o suficiente para aceitar as críticas e, quem sabe, tentar mesmo explicá-las. Teve direito a resposta e se recusou a dar tal resposta. Por quê? É uma boa questão. Mesmo sabendo que seus amigos vegetarianos não tinham gostado do texto e o tinham criticado, não deu a menor bola a este detalhe. Só depois foi fazer-se de vítima para afirmar que se sentiu traído, mas claro, é fácil não aceitar as críticas, recusar-se a dar respostas, sequer vir pedir desculpas e depois fazer de conta que não fez nada, que era um texto inocente.

Talvez a intenção de tal texto fosse mesmo inocente, mas de boas intenções o inferno está cheio, como diz o conhecido ditado popular. Se foi mal interpretado e ainda considerava os vegetarianos amigos, porque não medir as palavras e explicar o mal entendido? Confesso que era essa a atitude que eu esperava, mas que não veio.

Ser vegetariana não é a coisa mais importante do mundo pra mim. A maioria dos meus amigos e todos os meu familiares são adeptos do churrasco de todo domingo e eu sento na mesa com eles. E este texto trata-se apenas de uma resposta do porquê eu ter enviado o texto do onívoro para uma página vegetariana e para que aprendam a receber críticas e pedir desculpas antes de se fazerem de vítimas por compartilharem de um ato que é aceito pela maioria das pessoas desse planeta.  

É todo dia o dia certo
Para a liberdade tão almejada
É toda hora o momento
Para qualquer coisa que se dê vontade
Seja o grito abafado
Que ecoa dentro do peito
Ou o passeio no fim da tarde para o ver o por do sol
Qualquer coisa que faça sentido
Que nos dê sentido
Enquanto tão pouco sentimos
Enquanto o tudo que recusamos a sentir.  

sábado, 30 de março de 2013

Transmutar

Transmutar o espírito da maçã para o meu avatar, sim! Com a mente é possível.


Artes de Carlos Conrado















Ode à Verdade


Ode à Verdade

I
Caminho pisando em ondas de energia
Meus pés alados irritam a pele da Verdade,
No espirro mais alto e ecoante ela fez surgir o Big Bang,
No gozo do alívio ela fez surgir o orgasmo supremo.
Nove fases de trilhões se passaram...
E a Terra foi engendrada pela vagina do Universo,
Em seu sulco as estrelas nadavam desesperadas,
Uma voz em tom new age no vão cantarolava
No intuito de acalmá-las com os seus supremos versos.

II
Procuro um ser entre as estrelas
Para observar comigo o caminhar
Da Humanidade terráquea e
Outras comunidades planetárias.
Um ser que sobrevoa sem nave,
Detentora de belíssimas asas,
Será um anjo ou versão contrária?

Ó ser! Recolhe-as e pendure-as
Para que não desbotem os fios de ouro
E venham cessar as suas energias.
Seja bem vinda a minha humilde morada.
Sou poeta em tempo integral,
E deus nas horas vagas.

III
Contemplas feliz a dança dos irmãos de Zion,
Tu te lembras das asas que te trouxestes para mim?
O bigode de Nietzsche varria a poeira do espaço,
Tudo isto para te ver passar, árvores de néon
Vibravam contentes a tocar em ti.

IV
Ó deusa que vens de longe,
O que te trouxestes aqui?
Vejo em tua face estelar
Os traços do inconfundível Metatron.
Qual emoção norteia o teu semblante?
Com o que rompes a barreira do som?
Vejo-a derramando lágrimas no Espaço Sideral,
Vejo um ser Humanóide isento do sorrir.

V
Quisera ela ser como Safo,
Jogar-se ao mar, cheia de amor.
Acordes cosmológicos te embalam,
Velam as últimas horas do seu insaciável calor.
Trabalhadores perfuram Netuno,
Deixando crateras também sobre mim.
Naves cansadas no ferro velho,
Aeronautas aposentados te assistindo na TV.
Ela, a jovem dos cabelos de néon,
Resolveu lançar o seu amor
Na esfera negra da Dor.

VI
O berço das filhas de Zion
É embalado por Árion
E sua harpa angelical.
Elas dormem tranquilas
E contentam-se ao ver Morfeu.

VII
De um panteão que vem do norte
Adquirir novos companheiros
Seguindo os passos de Kernunnos
Fui cura para o mundo inteiro.
Radiações que emanavam de mim
Cicatrizaram Ozônio e as chagas da bela Yasmim.

VIII
A Terra está enferma, seus malfeitores vagam
Em seu corpo, nós vos avisamos...
O planeta azul irá sumir, apenas o planeta azul.
O Universo é o princípio criador de todas as coisas,
A maior e absoluta essência divina,
o verdadeiro ser imortal.
Não será a Natureza que se voltará aos seus detratores,
Mas sim nós, seres suspensos, vamos dar um basta,
Eliminar aqueles que não merecem compartilhar
De uma terra de benesses, vamos continuar
 a abduzir os bons e não ceifar
 as suas vidas como seres vingativos.
Deixamo-los os nossos sinais, fizemos-los nos conhecer
 e voltamos a dizer, nós simplesmente vos avisamos!
O espírito Niemayer está conosco, a sua matéria
Não nos seria útil, portanto, separamo-lo de seu invólucro
 e abduzimos a sua essência,
 pois sabemos que Ela não precisa da carne
 para habitar o Universo e continuar as suas ações.
Niemayer, tal quais os habitantes de Uranus 2
 será mais um entre os arquitetos do Universo.
Gandhi também está conosco,
separamo-lo de sua fraqueza
Para que sua força e talento inspirem outros intergalácticos.
Conhecerás a verdade através da nossa voz,
E compreenderás sonhos fanáticos
Por uma mínima existência no Templo de Oz.

IX
Incomoda-vos a demora do retorno de Jesus?
Nós vos dizemos, Não imaginas
 o tamanho do Universo.
Não imaginas a quantidade de seres vos habitando,
Não imaginas a complexidade, quantidade
 e matérias tomadas para a propagação
 da voz do Grande Deus – Universo.
Jesus é um dos missionários mais solicitados
Pela voz do grande pai, o Deus – Universo.
Se naves humanas ainda não são capazes
De ultrapassarem as barreiras de sua galáxia,
É natural a ignorância perante a verdade.
Saibam-vos desde já, viemos propagar a verdade
 que não fora escrita nos livros sagrados
Dos queridos irmãos habitantes do planeta Azul.

X
Ah!  Inanna Rainha dos Céus,
 teus dentes são a nossa constelação,
teus olhos são os faróis que guiam
 esses loucos seres terrenos...
 Disse-nos a tua filha V.S. Ferguson,
“o tempo é o campo de jogos dos deuses.”
Eu vos digo: Somos o elmo que protege
 a enorme e protuberante cabeça do Tempo.

A respiração do Deus – Universo


A respiração do Deus – Universo

As estrelas se exprimem,
Os cosmos ejetam a matéria,
A luz do sol se projeta, jaz Terra,
A humanidade se revela
Poeira cósmica em movimento...
Olhos onipresentes observam o esplendor
Das vestes de Deus cujo tecido
São radiantes ondas de energia.
Os pulmões do majestoso ser
Em aura poética enfatizam
Ele a respirar sobre Ele mesmo...
A sua mente é a nossa gênese,
Mundos são criados, desfeitos e recriados
No ritmo da canção onipotente.
O Senhor do Absoluto, Artista Supremo,
Traça a sua matéria circunferencial
Sem réguas, prumos e compassos,
Pois a exatidão é a sua lente.

- Carlos Conrado

quinta-feira, 14 de março de 2013

Qualquer dia de março

Dia Internacional da Poesia
E tenho que trabalhar,
Ganhar dinheiro pra me sustentar. 
A rima é fraca, mas a frase é verdadeira. 
Mas, vamos, lá!
Ainda há uma esperança!
Vou aproveitar esse dia e escrever uma poesia!
Afinal, é o que a matéria faz, quando se dá a ela algo em torno de 14 bilhões de anos.
Tempo, gravidade e espaço. 
14 bilhões de anos, 14 de março.
Essa bem que poderia ser minha décima quarta poesia, mas não é!
Que azar! Pensei ser Deus lá em cima!
A matéria que surge do nada. Mas até o nada é alguma coisa. 
Isso deve estar ficando confuso. Não tem problema.
Eu também estou. 
A poesia vem do nada.
Mas até o nada é alguma coisa. 
A escrita é apressada e o tempo não para. 
Se a poesia está de aniversário, que vamos dar de presente a ela?
Um novo verso e uma leitura!
Obrigado, meus amigos, por prestar atenção. 
Se a poesia pudesse pedir um presente, seria paz, justiça e coração.


domingo, 3 de março de 2013

Tudo vai e vem

Já não vejo a hora
de chegar o tempo,
de ser agora,
aquele momento.

Espero passar,
para ver chegar
um novo dia,
em outro lugar.

Passa o tempo,
vem o novo,
passa o vento,
em outro pensamento.

Acreditar no sonho,
concluir que é capaz.
Assim segue-se a vida,
no mesmo tempo
mas com outro andar.