Estou na terceira fase
E ainda não decorei o número da minha matrícula.
Então o que eu sei?
Alguma coisa. Que sou. Que penso.
Que duvido.
Entre outras coisas.
Se for colocar um grau
Pode até ser muito.
Mas o que eu não sei, então?
Graduar o que não sei pode ser difícil.
Pode ser impossível. Infinito.
Ou não. Pois acredito na natureza.
Concluo que a verdade seja e venha da natureza.
Se é assim lá em cima, aqui em baixo assim deve ser.
Sabe, natureza no sentido que os filósofos falam.
A "physis". A Arkhé.
Mas também pensavam isso pois não tinham o conhecimento que temos hoje.
Não chegamos ao fim, mas tenho bons motivos, boas razões, para acreditar que seja finito.
Que seja possível.
Início, meio, fim.
Começo, meio, fim.
Não posso ter certeza que o universo seja assim.
Mas sei de uma coisa.
A vida é assim.
E eu agradeço,
Seja lá como for,
Agradeço por ser assim.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Sou à toa
Estava deitada
E chegou até mim a ideia:
Poesia que nasce e morre no pensamento
Poesia que passa a ser nada.
São dias iguais
Que confundem o objetivo
E o objeto passa a ser supérfluo
Desde o dia da sua projeção.
Eu sou à toa, mas nem deveria ser
Eu tenho medo, mas nem deveria ser
E sou também a vaidade
Que eu nem deveria ter.
Gabriela de Oliveira
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sábado, 1 de dezembro de 2012
O CHORO DO PÁSSARO
Após sua passagem pelas quedas de água da
fúria algo acendeu em seu intimo. Passou a viajar com o espirito acesso de
serenidade. Um contraste aguçado pelo vento forte lhe soprando as vestes. Andou
algumas horas sem rumo exato. Sobreviveria facilmente naquele lugar uma vida
inteira se assim desejasse, era farto e fértil. Suas habilidades de caça lhe
dariam recursos além do necessário.
O sol ainda
alto lhe batia à face esquerda ofuscando parte de sua visão quando ouviu ao
longe um som estranho. Jamais ouvira nada parecido. O gemido lembrava o choro
de um pássaro grande numa melodia fora do comum. O volume intenso
intercalava-se com pequenos silêncios rápidos, formando algo tão lindo quando a
cantiga dos antigos que ouvia em sua terra natal. Aproximou-se curioso. Nunca
havia ouvido um som tão esplendoroso e ritmado na vida. A musica dos antigos
era triste e marcial, envolvida em cerimônias lentas e veneráveis. Esta era
rápida e alegre.
Então incontáveis
baques surdos romperam ao chão. Os choques seguiam a musica do choro do
pássaro. Ainda não conseguia ver, pois tudo estava dentro de uma mata ao lado
da estrada. Esqueceu da estrada, da cachoeira, dos campos tristes do sol, de
sua jornada e ficou encantado enquanto ouvia a mais bela sinfonia existente.
Parou de
solavanco junto do silêncio. Tudo emudecera e ele ficou afoito por saber qual a
origem da melodia agora morta. Ao dar seu primeiro passo decidido em investigar
a situação, o som retornou envolvente. Várias palmas marcaram um ritmo
frenético que recomeçara. E o pássaro que gemia e chorava para alegria dos
demais estava agora furioso em seu canto. Piava agudo trocando a intensidade do
som rapidamente, acompanhado pelas palmas frenéticas de umas dez pessoas. Já
podia ouvir risos e conversas. Apurou o passo puxado pela música e pela
curiosidade. O sol novamente encheu sua vista quando saiu numa clareira larga
onde muitas pessoas dançavam e bebiam.
Deitado
confortável em almofadas postas a beira de um grande barril, com roupas extravagantes
num tom verde musgo um homem magro e narigudo apertava e beijava um pedaço
roliço de madeira com alguns furos produzindo o gemido do pássaro e as pessoas
a sua volta riam e bebiam animadas. Não eram muitas e não pareciam preocupar-se
com os perigos da floresta ou do mundo.
A melodia um
pouco mais calma tranquilizou seu espirito. O senhor narigudo tinha longos
cabelos brancos e falava através da madeira que beijava diretamente à alma dos
presentes.
Observou
atento os movimentos dos dedos do homem. E sentou-se para descansar ao seu lado
quando novamente a música acelerou e ele foi arrastado para o meio dos demais.
Uma mulher estranha lhe agarrou pelo braço e jogou-o rodopiando para o centro
da roda. A musica preenchia de sentido e significado algo que pareceria loucura
para qualquer um. Homens e mulheres girava e pulavam, balançavam os braços
acenando e rindo. Ele apenas deixou-se levar. Esteve livre por alguns
instantes, livre em seu interior profundo. Mesmo sendo controlado pelos dedos
do homem deitado, aquela sequencia de fatos o deixou feliz, aliviado e livre.
Saiu da roda
de dança tonto e caiu ao pé de uma arvore. Dormiu feliz sem mesmo dizer palavra
a nenhum presente. E sonhou coisas belas em seu leito de madeira e grama tão
confortável quanto os aposentos de qualquer rei.
Luzes de Natal
Esta noite foram "inauguradas" as luzes do centro da cidade para o natal.
Feriado, o Natal (do latim nativĭtas) é a natividade de Jesus Cristo.
Supostamente nasceu em Abril ou Maio e a tradição suporta o 25 de Dezembro.
Tanto faz. É um feriado onde um barbudo leva presentes para as crianças e as pessoas brincam de amigo secreto com os colegas de trabalho.
Passando na segunda rua depois da praça, voltando para casa, escuto a seguinte frase:
"O papai noel vai acender as luzes de natal para trazer alegria e esperança para o povo".
Alegria: s.f. Forte impressão de prazer causada pela posse de um bem real ou imaginário: pular de alegria.
Júbilo, contentamento, gáudio.
Esperança: s.f. Expectativa de um bem que se deseja: a esperança é grande consoladora.
Se eu perguntar para você: "O que é felicidade? O que é alegria?", tenho certeza de que terei centenas de respostas diferentes. Cada um tem o seu conceito sobre seus sentimentos.
Mas acredito que a maioria concordaria comigo que alegria é ter saúde, ter estrutura, ter investimento em cultura, esperança é construir postos de pronto atendimento, hospitais, esperança é investir na pesquisa contra doenças! E não luzes para uma religião que aceita o sacrifício humano.
Se eu perguntar para você: "O que é felicidade? O que é alegria?", tenho certeza de que terei centenas de respostas diferentes. Cada um tem o seu conceito sobre seus sentimentos.
Mas acredito que a maioria concordaria comigo que alegria é ter saúde, ter estrutura, ter investimento em cultura, esperança é construir postos de pronto atendimento, hospitais, esperança é investir na pesquisa contra doenças! E não luzes para uma religião que aceita o sacrifício humano.
Discurso vazio. É todo argumento que essa frase merece. Discurso vazio.
Chega a ser triste que afrente do povo esteja uma pessoa que pede para um ser imaginário - ou fantasiado - acender as luzes de natal.
E se o outro tivesse sido eleito? - Você me pergunta - Teria sido melhor?
Se outro tivesse sido eleito e, da mesma forma, também solicitasse que as luzes de natal fossem acesas por tal ser, para tal finalidade, eu estaria igualmente decepcionado.
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quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Pó de estrela
Eu não costumo rezar para uma entidade divina que criou tudo,
Pois concluo que não exista tal entidade.
Mas costumo agradecer - ao Universo
Costumo olhar para cima,
Ou para baixo - dependendo do ponto de vista,
Todas as noites - mesmo nas nubladas,
Para contemplar de onde eu vim - o que sou,
Para contemplar de onde todos nós viemos - o que todos nós somos.
Mais do que isso:
Para contemplar a mim mesmo.
Hidrogênio, hélio, carbono, nitrogênio.
Ou, simplesmente, pó de estrela.
Agradecer é contemplar, é alegrar.
É vivenciar, é reconhecer.
Agradecer é resistir, é continuar.
Agradeço, pois agradecendo vislumbro de onde vim,
Onde estou e para onde quero ir!
Pelos bilhões de anos,
Eu agradeço!
Pela indescritível e inenarrável quantidade de energia,
Eu agradeço!
Pelas estrelas, pelos planetas, pelos satélites e pelos cometas,
Eu agradeço!
Pela existência eu agradeço!
Obrigado, Universo!
Pois concluo que não exista tal entidade.
Mas costumo agradecer - ao Universo
Costumo olhar para cima,
Ou para baixo - dependendo do ponto de vista,
Todas as noites - mesmo nas nubladas,
Para contemplar de onde eu vim - o que sou,
Para contemplar de onde todos nós viemos - o que todos nós somos.
Mais do que isso:
Para contemplar a mim mesmo.
Hidrogênio, hélio, carbono, nitrogênio.
Ou, simplesmente, pó de estrela.
Agradecer é contemplar, é alegrar.
É vivenciar, é reconhecer.
Agradecer é resistir, é continuar.
Agradeço, pois agradecendo vislumbro de onde vim,
Onde estou e para onde quero ir!
Pelos bilhões de anos,
Eu agradeço!
Pela indescritível e inenarrável quantidade de energia,
Eu agradeço!
Pelas estrelas, pelos planetas, pelos satélites e pelos cometas,
Eu agradeço!
Pela existência eu agradeço!
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domingo, 25 de novembro de 2012
Guardiões do Tempo
Eu sou o homem que beija a escuridão.
Amor nômade infinito que
Perfura.
Entre as pedras e o horizonte;
Entre o céu e a terra, entre o bem e o mal.
Ali está ele;
Enorme.
Límpido, puro,
Inquieto.
Visível apenas aos de coração puro.
Não buscamos o ouro;
Não queremos poder.
Amor é o que temos.
Fazer é o que vamos fazer acontecer.
Apague a luz.
O tempo se deixará levar...
Elementos, substâncias e
Sentimentos.
Sem se importar com o que acontecerá depois.
O tempo confia-nos sua própria vida;
Pois jamais deixaremos de existir.
.
Guiomar Baccin
.
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quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Fora do ar.
Posso
ser uma fração
De qualquer coisa que se mova
A favor do vento
Ou contra a corrente
Além do que se move
Posso já não querer ser
E ver tudo se dissolver
Expandir o olhar
E ver as coisas de olhos fechados
No modo a ser ignorado
Por quem não consegue entender
Entenda
Agora o mundo já mudou
Estamos em outra dimensão
E nenhum plano de fuga poderá nos salvar
Sonhos perfeitos
Em realidades paralelas
Ao que se pode esperar
Além do que se move
E se dissolve
Fora do ar.
De qualquer coisa que se mova
A favor do vento
Ou contra a corrente
Além do que se move
Posso já não querer ser
E ver tudo se dissolver
Expandir o olhar
E ver as coisas de olhos fechados
No modo a ser ignorado
Por quem não consegue entender
Entenda
Agora o mundo já mudou
Estamos em outra dimensão
E nenhum plano de fuga poderá nos salvar
Sonhos perfeitos
Em realidades paralelas
Ao que se pode esperar
Além do que se move
E se dissolve
Fora do ar.
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domingo, 18 de novembro de 2012
À Arcádia Literária
À Arcádia Literária
-
Carlos Conrado
Eis me aqui por entre os cosmos
Embevecido com o silêncio da Arcádia.
Observo daqui o movimento que a Terra embala
Esquecendo-se da anciã Academia de Ninfos
Guiados pelo poderoso general Literatus
Que lançou poetas tal qual Spectrus.
As estrelas vivendo por entre lágrimas,
A Lua esconde-se da tristeza com valente máscara.
Queria o dom divino de Melâmpus
Ter, por vezes, a luz dos relâmpagos,
Ser primogênito mortal dos profetas
E vislumbrar a Arcádia num novo tempo.
Depende
Às vezes não é quem fala;
E sim, quem escuta.
Às vezes não é quem faz;
E sim, quem vê.
Às vezes não é quem vence;
E sim, quem luta.
Às vezes pode até não parecer;
Mas sim,
Quem eu quero é só você.
Às vezes não é quem vai;
E sim, quem fica.
Às vezes não é quem corre;
E sim, quem continua caminhando.
Às vezes não é quem destrói;
E sim, quem torna real.
Às vezes achamos que o amor não existe;
Mas, acredite,
Vale a pena continuar amando.
.
Guiomar Baccin
E sim, quem escuta.
Às vezes não é quem faz;
E sim, quem vê.
Às vezes não é quem vence;
E sim, quem luta.
Às vezes pode até não parecer;
Mas sim,
Quem eu quero é só você.
Às vezes não é quem vai;
E sim, quem fica.
Às vezes não é quem corre;
E sim, quem continua caminhando.
Às vezes não é quem destrói;
E sim, quem torna real.
Às vezes achamos que o amor não existe;
Mas, acredite,
Vale a pena continuar amando.
.
Guiomar Baccin
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domingo, 11 de novembro de 2012
Vento
Tenho sono,
O sono de mil noites não dormidas,
Gastas sonhando acordado,
Num eterno rolar na cama.
Meus dragões me enlouquecem,
Seus venenos entram em meus ouvidos,
Rasgam minha personalidade,
Minha frágil consciência.
Cosmonauta eu sou,
Perdi minha nave num planeta azul,
E agora vago com remos em terra,
Em um voar pelo ar sem asas.
Minha verdade é mentira,
E o nada me persegue,
Queimando tudo a minha frente,
Para eu chegar soprando as cinzas.
PAblo Poetry
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sexta-feira, 9 de novembro de 2012
O RIACHO DAS ALMAS IGUAIS
Acabei de escrever mais um pedaço dos contos que postei aqui há alguns dias. Apesar de essa não ser sequência do que foi postado, acredito que ficou interessante. Adaptei um outro texto que já tinha escrito e achei bom =D Ainda nem revisei, fiquei ancioso pra postar! Quem sabe tenha algum erro ainda e provável que mude algumas coisas. De qualquer maneira fica ai pra vocês darem suas opiniões. A história tem míseras 10 páginas, gostaria de escrevê-la com mais frequencia mas ando cmo um pouco de receio de estragá-la. Vai indo assim por enquanto. Em breve usarei minhas ultimas referências nela e posto aqui as novidades. Espero que gostem! Abraço.
Sem
descanso partiu daquela terra sofrida. Carregando uma ponta de suas desgraças.
Lavou-se no córrego, mas a lama interior não o abandonaria. Rumou com a estrada
sem destino certeiro. Voltou a acompanhar o curso do rio o peso amargo de sua
consciência não o deixou ver o sol novamente naquele lugar. Partiu com remorso
e vergonha do acontecido àquela terra.
Solitário avança
sobre a escuridão da madrugada. Anda em noites comuns carregando certo aspecto
épico de fim dos tempos. Preparado para dar o ultimo passo a cada instante.
Levanta o queixo altivo, fixando os olhos no horizonte escuro, ouvindo o zumbir
distante da vida se rastejando a produzir um tom salgado, severo e profundo
muito repetitivo. O retumbar da existência num eco seco, constante, irritadiço
rasgando a sanidade de qualquer frade.
Desejou
lembrar uma primavera há muito perdida. Algo infantil enterrado por anos
compridos. Uma leve paz de espírito lhe acometeu, nada além. Essa era a
impressão que restara da infância. Uma paz de espírito. Alguns desejos
repetidos. Uma musica boba. Um inverno perdida.
Leva-o, o ar,
a benção da noite fria acalmando seus músculos e o toque triste da esperança.
Também nesse ar há presença do medo cravado na incerteza. Toda raça teme o
incerto do crepúsculo e espalha na noite esse medo inconsciente aromatizando o
vento. “Ventos que cheiram medo”, pensa. Segue o rastro desses, pois tenciona
conhecer os medos todos. Deseja, do fundo d’alma, temer também, pois desde
sempre não conhece tal sentimento.
Enfrentou o
vento. Varava-o altivo em busca de algo a temer. Cruzava terras hostis sem
destino, cuidado e nome. Jamais homem qualquer pôs nele vestígio de medo, seja
Deus ou mortal.
Em seu intimo
cultiva um poder tão natural quanto a força nos braços ou a pele na cara. Ainda
jovem sabia dessa habilidade, dessa possibilidade de fazer tudo. Dessa ultra
potência caótica. Sentia-se essencialmente infinito entrelaçado num gigantesco
presente enraizado e vistoso. Assim conhecia o tempo, tirânico em suas decisões
e infinito nas possibilidades. Era eterno.
Pouca ou
nenhuma obrigação conheceu. Esmagou os interditos. Atropelou os recalques.
Sobrepôs toda moral. Transcendeu a simples e banal consciência humana. Esse era
seu triunfo não planejado.
Ladeou o
córrego acompanhando seus sussurros. Sussurro desparelho crescendo
incomodamente. Essas águas conhecem sangue. Deve ser o sarcófago ingrato de
heróis ou vilões de batalhas. Elas não segregam mercenários ou paladinos,
abrigam almas e decompõem corpos justamente, o rio das almas iguais. Conhecia
aos poucos um mundo vil e com força com força o odiava.
Há certo ponto
a correnteza avolumou debatendo e saltando por sobre pedras inconvenientes.
Saliências ganharam vida. Entrou novamente na água. Uma força indiferente o
abateu, em profundidade rasa molhou as pernas e a água reclamou seu espaço lhe empurrando
para fora. Retomou seu caminho confuso até encontrar, já com amanhã alta, uma
queda alta. Contornou-a por uma trilha ruim e desceu cerca de dez metros onde outra
batalha se abatia. As rochas cinzentas apanhavam das gotas com uma fúria invejosa.
Às margens
campos e mata rasteira. Uma névoa agitada umedecia sua lamina branca e todo seu
corpo. A natureza se agigantava exibindo sua potência e beleza. O ambiente
sugeria a imaginação das voltas das águas nas pedras e impunha respeito. Ali
teve seu primeiro contato com o medo. Soube, com certeza absoluta, jamais teria
ímpeto, energia, sagacidade, potência ou qualquer tipo de força física, psíquica
ou sobrenatural para fazer face à essa força natural. Tão simplória e
descomunal. Considerou quantas mais cachoeiras existiriam, e essa, com apenas
alguns metros com tal imponência. Excitou-se por sua impotência e por ali
conhecer, parado ante a minúsculas gotas em queda, o significado do medo,
procurado por tantos anos.
Adentrou a
água. Juntou sua vontade, excitação e coragem e foi. Quem sabe seu destino não
seja o mundo dos homens insignificantes e sim este. Violou a serenidade dos
campos da beira. E com muita dificuldade atingiu um ponto de quebra. Sua
admiração o levou a buscar harmonia, mas impossível foi tal feito. Uma ardência
lhe correu o sangue, a adrenalina lhe ganhou o cérebro. Êxtase sentiu ao ser
empurrado, bombardeado fortemente por pequenas porções de água. Sacou a lâmina,
arreganhou os dentes, franziu o cenho e grunhiu em fúria inserindo seu gemido gutural
ao constante som irritadiço do rio das almas iguais.
Aprendeu então
duas coisas: o medo e a verdadeira fúria. A fúria constante, implacável,
monstruosa posta em cada minúscula gota. Guardou em seu intimo profundo esta fúria.
Imprimindo meticulosamente em cada olhar que daria dali em diante. Soube
medi-la. O medo ficou claro. Despertou-o para um estado de alerta eterno. Senti-lo-ia
certamente. Pois enquanto a fúria lhe fosse visível nos olhos o medo carregava
seu coração.
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quarta-feira, 7 de novembro de 2012
O Aeronauta - Entre a Razão e a Loucura
Carlos Conrado e seu Aeronauta adentram cada vez mais ao submundo da loucura e devaneios sem amarras, numa busca incessante por sonhos outrora aprisionados.
A loucura afasta-se ainda mais da razão, cabendo ao leitor subir a bordo da nave imaginação, desprender-se de conceitos pré estabelecidos, acomodar-se ao lado da razão como expectador de uma jornada a flor da pele, diante de inimigos, feras e sua própria duvida existencial, tendo o universo como pano de fundo, as estrelas ao alcance das mãos e o desejo insano de chegar cada vez mais fundo na libertação da mente humana.
Envolta a personagens, criaturas e criadores, sinto questionar minha própria sanidade, desejar não ser normal torna-se sinônimo de respirar o mais puro ar desse universo.
Sinopse por: Renata Rimet
Ficha técnica:Clique AQUI e adquira seu exemplar pela Livraria Cosmonautas!
ISBN: 978-85-8097-073-9
Páginas: 132
Edição: 1°
Ano da publicação: 2012
Local de Edição: Marica
Editora: Ponto da Cultura Editora
Sobre o autor:
José Carlos Conrado da Silva nasceu em Jacobina/BA, em 02 de abril de 1986. Radicou-se em Sergipe no ano 2000. Escritor, Artista Plástico, Designer Gráfico, Ator, Editor e Jornalista DRT/SE 1791. É autor do livro POESIA CONDENADA – Editora Cogito, O Aeronauta Entre a Razão e a Loucura – Editora Ponto da Cultura, coautor do livro A KOMBI DE PROSA E POESIA em parceria com Valdeck Almeida de Jesus, Editora VirtualBooks. Tem textos publicados em diversas antologias. Entre os seus títulos, destacam-se:Supremo Chanceler da SOFIA – Sociedade Filosófica Ateniense; Embaixador da Paz em Aracaju pelo Círculo Universal da Paz – Orange/França – Genebra – Suíça; Membro Correspondente e Diretor de Comunicação e Web da ALB – Academia de Letras do Brasil/ Suíça; Membro Efetivo da ACB – Academia de Cultura da Bahia; Vice Presidente da Casa do Poeta Brasileiro de Aracaju; Cônsul do Movimento Poetas Del Mundo em Aracaju; Membro Imortal da Arcádia Literária – Patrono Dias Gomes; Membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz; Membro Eleito da Comissão Organizadora das Eleições Setoriais, Colegiado de Literatura da Bahia, (Funceb) agosto de 2012. Assessor do Projeto Alma Brasileira; Coordenador Geral do Jornal A Voz do CEPA –Círculo de Estudos, Pensamento e Ação; Sócio Honorário e Cofundador da AAPLASA – Associação dos Artistas Plásticos de Aracaju.
Site: http://www.carlosconrado.com
Sobre andar
Não com as pernas,
Nem para que lugar...
Com a mente,
Para a dimensão
Que você imaginar.
Não para onde,
Nem com quem.
E sim como,
Quando e porque!
Não para frente ou para os lados,
Para dentro de você.
.
Guiomar Baccin
Nem para que lugar...
Com a mente,
Para a dimensão
Que você imaginar.
Não para onde,
Nem com quem.
E sim como,
Quando e porque!
Não para frente ou para os lados,
Para dentro de você.
.
Guiomar Baccin
domingo, 4 de novembro de 2012
Escolhas...
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segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Deslumbramentos para uma concepção
Diante dos acontecimentos que circundaram os terrenos da minha visão, tornando-os indesejavelmente concretos, ponho-me a pensar sobre a minha concepção do mundo.
Permitirei interferências vindas da loucura que me habita, pois com ela, serei, por excelência, sincero quanto ao valor do meu intelecto.
Devo, antes de qualquer outra defesa, dizer que não sou a favor da ‘Lei de Causa e Efeito’, apesar de conhecê-la bem!... não sou a favor de teorias que privam o homem e sua mente de passeios utópicos. A ‘razão absoluta’ é uma expressão pejorativa, por isto, não a permito presente em meu dicionário. O absolutismo destrói a retórica, e sem a retórica a filosofia é tão somente ectoplasma. Apenas vestígio da presença de um espírito. Daquele que fora privado de continuar a incessante busca pelo conhecimento.
Para Max Scheler, a partir de estudos feitos por Evaristo de Moraes Filho, “O que costumamos chamar ‘concepção do mundo’ não são aquelas precipitadas decisões e intentos reacionários que fazem parar o processo cientifico, infinito por essência. É unicamente a maneira de vivencia de um absoluto, e que, confessada ou inconfessadamente constitui o sentido todo do seu ser, de sua ação e de suas tendências. ‘Concepção do mundo’ é a única concepção que cada homem tem sempre e necessariamente, queira-o ou não, saiba-o ou não com clareza”.
A minha visão do mundo começa às cegas, no fechar dos olhos e no ato de transportar-me ao íntimo. Movido ao som de Bach, meu universo aos poucos vai se construindo. Despojando-me de todo o ‘espleen’, plantado pelas influências de Musset.
Em minha ótica, o mundo é todo o espaço físico e toda energia, criados para compor a casa de Deus. Servindo-lhe por vários tempos de entretenimento, mas que fora emprestado ao homem para ser pisado e também pisar na mente humana, plantando lhes assim a loucura do amor e do ódio. Definindo assim, naturezas diversas. Todos como donos de uma geografia mental e espacial particular.
Hegel me apresenta as dores do mundo!... dele somente! Pois o meu mundo possui tímidas feridas, isentas de qualquer manifestação pública.
Em minha concepção, a humanidade é dividida em três classes: socialistas, capitalistas e guardiões do muro, ou seja, os indecisos.
Entre violinos, pianos e guitarras, meus sentimentos se expressam com graça. Nietzsche é guardado em meu álbum de fotografias, como a personificação de um passado não muito distante.
Enquanto fico com os meus deslumbramentos, uma máquina de fazer blues insere em mim um estilo alternativo de vida, e logo, passo a crer que de nada adianta procurar conceituar o mundo, pois inda que eu abuse de todo o meu vocabulário, o mundo jamais será conceituado por absoluto.
-Carlos Conrado
O martelo
O martelo de Nietzsche não mais punirá os seres levianos e fracos. O super-homem está morto!... Desde que os cosmos se rebelaram contra a filosofia maciça de radicalismo, o pensar a evolução como objeto de consumo, tornou-se, preciosidade guardada no baú do esquecimento e com as chaves isentas a qualquer achado.
Estamos vivendo o tempo onde tudo pode ser desacreditado, a depravação alimenta o ciclo imediatista de viver, seduz e dar prazer. Esqueçam os laços que vos ligam a contemplação da Moral. Tudo agora é passado. Os martelos do bom senso estão aposentados. O bom homem pode ser considerado hoje, como um velho de boca suja a masturbar a carne e o espírito; com o egoísmo cravado em seus ossos e definhado a cada dia, em constante contemplação da loucura que, gentilmente, acerta-lhe vários socos na cara. Alguns dizem que a condição humana atual é repugnante, eu vos falo que a condição humana atual é uma verdadeira graça.
-Carlos Conrado
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Não é isso que importa...
... Ordem imposta
Limite limitado
Não é isso que faz sentido:
Viver por viver
Respirar sem motivo
Não é isso que estranha:
Andar na rua sem olhar para os lados
Imaginar que está em um cavalo alado.
Limite limitado
Não é isso que faz sentido:
Viver por viver
Respirar sem motivo
Não é isso que estranha:
Andar na rua sem olhar para os lados
Imaginar que está em um cavalo alado.
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Gabriela de Oliveira
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Lugares
Parece não haver lugar
Para morar, para amar.
Chamamos a ocasião,
Pensando na circunstância.
Sempre. Exceto acaso.
Raro, mas acontece.
A Terra, a Via Láctea,
A mesosfera. O sonho, o salto.
Extingue a espécie, para evolução.
Pro alto salta a fera,
Devora a vítima e enterra os ossos.
Ou joga em outro lugar, como um fosso.
Onde fede.
Olha pra lá, olha pra cá.
Anda na chuva para mudar de lugar.
Imóvel, pensa: qual será o próximo lugar?
Move-se. Vai, acelera.
As luzes trocam de cores,
E você liga a seta para mudar de lugar.
Não há lugar.
Por haver muitos lugares.
Para morar, para amar.
Chamamos a ocasião,
Pensando na circunstância.
Sempre. Exceto acaso.
Raro, mas acontece.
A Terra, a Via Láctea,
A mesosfera. O sonho, o salto.
Extingue a espécie, para evolução.
Pro alto salta a fera,
Devora a vítima e enterra os ossos.
Ou joga em outro lugar, como um fosso.
Onde fede.
Olha pra lá, olha pra cá.
Anda na chuva para mudar de lugar.
Imóvel, pensa: qual será o próximo lugar?
Move-se. Vai, acelera.
As luzes trocam de cores,
E você liga a seta para mudar de lugar.
Não há lugar.
Por haver muitos lugares.
sábado, 20 de outubro de 2012
Mais um sentido
Não haveria muito sentido em minha existência se eu simplesmente aceitasse.
Se eu somente estivesse satisfeito.
Esse estado atinge-se, acho eu, quando todas as suas tarefas foram completadas.
Como "virar" um jogo de vide game.
Pode até ser divertido jogar novamente, mas não haverá muita novidade.
Escurecido pelas nuvens.
Acho que é assim que nós vivemos.
Procurando uma verdade, pois "sabemos" que ela está lá.
Ela brilha.
Mas as nuvens estão na frente.
Uns haverão de dizer: "Não, eu apenas vivo, apenas existo, não quero descobrir nada. Movo-me sozinho".
Para esses eu falei: Tudo bem, que assim seja, então.
Mas para aqueles ainda buscam, que ainda vivem tendo esperança, crença, torcida, como quiser chamar, de que algo acontecerá, quem ainda vive fazendo acontecer, para esses eu digo:
Vamos fazer acontecer!
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sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Resenha Conhece-te a ti Mesmo & Alma de Águia, Trama de Cordeiro
O autoconhecimento é uma busca de natureza ética. Uma busca de algo que leva o sujeito a ser mestre de si mesmo e, consequentemente, um ser humano melhor.
Neste livro, o leitor é convidado a refletir sobre questões profundas como comportamento, sonhos e paradoxos que, mesmo quando não percebemos, estão presente em cada dia de nossas vidas.
Aliado a essas reflexões, esta obra nos permite uma maior abertura psíquica sobre nós mesmos. Tudo isso com poemas e poesias translúcidas, psicodélicas e épicas.
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Peças
Tambores ruindo,
O raio brilhante,
A órbita perfeita.
O desígnio virando pó,
O acaso renascendo...
As trevas sucumbindo
A aurora sendo invocada.
Ignorância é prelúdio de caos.
Paz é resultado de consciência...
Vivendo aos montes,
Morrendo aos poucos.
Bem vindos ao quebra cabeça da vida.
Guiomar Baccin
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O Princípio
Talvez eu não seja levada a sério.
Não que eu me abale por isso,
Eu apenas registro o que acredito.
E nossas crenças são mais do que religiosas.
Eu não pedi para ser personagem de sua história,
Eu gostaria de ser mais do que isso.
Busco ser autora de uma boa história da humanidade.
Nossos continentes, fronteiras, não nos separam.
E é nisso que eu acredito.
Não vou desistir do bem universal.
Mas o princípio é individual.
Samara Abdul
Ficha técnica:
Autores: Guiomar Baccin
Samara Abdul
ISBN:978-85-7869-192-9
Páginas: 96
Ano de publicação: 2009
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ALMA DE ÁGUIA, TRAMA DE CORDEIRO
Sim, meu caro Rodrigo, “a vida promove a morte”, todos os dias, a todos os momentos e o contrário não deixa de ser também realidade: a morte promove a vida! Alguns ficam assustados, outros fazem tudo perder o sentido, outros ainda começam a atribuir sentido às coisas quando se dão conta da morte!
“Todas as compreensões já são tardias
É tempo de ação”.
Todos nós temos nosso tempo de espera. Tempo de iluminação, de espera e de ação. O autor não parece querer esperar muito e também não busca a compreensão, ou seja, o que ele sabe é suficiente para agir. O recado nos é passado de forma clara e objetiva: é tempo de ação! A revolta e a vontade de potência estão muito presentes nessa primeira parte do livro, é animador, é vivo!
Ainda nessa primeira parte, uma das poesias que mais me chamou a atenção foi “Dança da noite”. Não consegui identificar com precisão quem é o personagem, mas é de fácil entendimento (pelo menos o meu) que um ser acima dos mortais, um ser vil, está dialogando, ou monologando, como preferir, com um ser comum, um mero mortal e, para ele, ela será apresentada a morte, com uma justificativa muito convincente.
No começo da segunda parte está uma dialética do não contentamento, o tédio aparece como a morte dos que realmente vivem e não daqueles que estão apenas vivos. Esse descontentamento emerge como uma vertente para o novo passo, que é fazer algo.
“Poesia egoísta” não é tão egoísta assim. O poeta sabe que, ao findar seu escrito, esse não mais o pertence; pertence ao leitor. Ao mesmo tempo que o autor se entrega a poesia, também dá dicas para que essa não faça seu autor sofrer. Muito interessante essa parte!
Logo após a contemplação da vida, o saborear do dia a dia, da paz. Chama a atenção a constante mudança, de humor, do que importa. Fico com a impressão de que quem escreve vem vivendo por muito, muito tempo. O esforço vale a pena!
Como diz o autor, a obra é dividida em cinco parte e esse livro trás as duas primeiras. Certamente recomendo a leitura e esperarei ansiosamente as partes que ão devir (com o perdão do trocadilho).
Ficha técnica:
Livro: Alma de águia, trama de cordeiro
Autor: Rodrigo Luis Mingori
Editora: Medusa
Ano de publicação: 2012
ISBN: 978-85-64029-01-9
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Espero que tenham gostado das duas resenhas!
Quanto chegarmos a 20 comentários nesse post, vamos colocar no ar uma promoção com sorteio de exemplares dos dois livros!
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Rodrigo Mingori
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Metrópole Solidão...
Vagam em seus telhados raios de um luar absurdo.
Há uma luz de brilho intenso, desconhecido e esplêndido !
Suas ruas desenham o exato tamanho da minha solidão,
em cada curva, em cada avenida.
É tanta beleza, é tanta saudade !
Pensamentos alheios deixam o cheiro de mistério no ar,
nos rostos, no peito...
Nos seus sinais, perco-me de mim e de tudo.
No meio da chuva, uma rosa amarela se mostra altiva e perfeita.
Alguém, talvez por descuido, deixa escorregar um sorriso
e sutilmente, mais um poema meu voa calado
pelo gelo dos seus telhados...
...
Charlyane Mirielle
Anacrônico
Sempre com pressa, sempre pra frente
Nunca pros lados, menos ainda para trás.
O homem vai nessa, às vezes contente
Com pulsos cortados ou um sorriso fugaz.
Vivemos em outra época, dessa vez sem herança;
Salvo as inúmeras questões acumuladas durante esse tempo de mudança.
Preciso estudar para entender.
E, como Descartes, utilizar minha existência para cultivar minha razão.
Mas preciso trabalhar para viver,
E, na maioria das vezes, mesmo não tendo sentido,
Escutar o patrão.
A lógica é a mesma, mas é outra.
Quando a história depende do ponto de vista
Não há tempo que chegue para o cidadão.
Quando vai embora o tempo vai junto
E olha para trás pensando no futuro,
Finge que sabe, mas fica calado.
Na calada da noite ou em cima do muro.
Nunca pros lados, menos ainda para trás.
O homem vai nessa, às vezes contente
Com pulsos cortados ou um sorriso fugaz.
Vivemos em outra época, dessa vez sem herança;
Salvo as inúmeras questões acumuladas durante esse tempo de mudança.
Preciso estudar para entender.
E, como Descartes, utilizar minha existência para cultivar minha razão.
Mas preciso trabalhar para viver,
E, na maioria das vezes, mesmo não tendo sentido,
Escutar o patrão.
A lógica é a mesma, mas é outra.
Quando a história depende do ponto de vista
Não há tempo que chegue para o cidadão.
Quando vai embora o tempo vai junto
E olha para trás pensando no futuro,
Finge que sabe, mas fica calado.
Na calada da noite ou em cima do muro.
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Ponto de Vista
sábado, 13 de outubro de 2012
Estranha
E eu pensando que era estranha
Descobri que melhor ser estranha
Do que não ser
Nada pode ser
Maior que a falta de estranheza
Deste mundo tão vulgar
Eu pensando
Descobri o que era
E o que já não poderia ser
Embora fosse ao longe,
O sol do horizonte só gerava sombra
E eu me deliciava na sombra
Luz cega mais do que a escuridão
Luz faz parte de outra coisa
E ainda prefiro o que é estranho
Que me induza a descobrir
Mesmo que inútil
O sentido que em algum lugar
Deve resistir.
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sexta-feira, 12 de outubro de 2012
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Pensamentos
Me
perdi em pensamentos
E acabei esquecendo o que era pra ser dito
Um reflexo no espelho
Não reflete o que eu vejo
Nem em sentido mais abstrato
Haveria sentido
E é o como e o quando da vida
Que nos deixa perdidos
Caminhando ora em florestas negras
Ora em praças ensolaradas e com brisa fresca
Uma parte do todo
Um pequeno pedaço de mundo
Um subsolo
É o que está por trás de tudo
Que faz esse todo
Que uns pensam e questionam
Que outros preferem nem saber
Há sempre um objetivo em tudo isso
E eu me perco em pensamentos
E fico sem saber
O que era mesmo que eu queria dizer.
E acabei esquecendo o que era pra ser dito
Um reflexo no espelho
Não reflete o que eu vejo
Nem em sentido mais abstrato
Haveria sentido
E é o como e o quando da vida
Que nos deixa perdidos
Caminhando ora em florestas negras
Ora em praças ensolaradas e com brisa fresca
Uma parte do todo
Um pequeno pedaço de mundo
Um subsolo
É o que está por trás de tudo
Que faz esse todo
Que uns pensam e questionam
Que outros preferem nem saber
Há sempre um objetivo em tudo isso
E eu me perco em pensamentos
E fico sem saber
O que era mesmo que eu queria dizer.
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quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Mapa para chegar ao III Sarau Cosmonautas
Aos que virão no Sarau nesse dia 11/10... segue o mapa de como chegar no local, sendo "A" a UFFS Unidade Bom Pastor e "B" a Republica Verde Limão
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