quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sorteio - A cada três segundos - autografado por Michele Farran!

Olá a todos os amantes da poesia brasileira! É com imenso prazer e orgulho que anuncio a primeira promoção do blog Cosmonautas - Em parceria com a autora Michele Farran.


Primeiramente, leia a resenha do livro AQUI

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Para participar do sorteio basta seguir algumas regrinhas simples:

01 - Você deve seguir o Blog Grupo Cosmonautas publicamente. (Você pode usar sua conta do google, twitter ou yahoo!)

02 - Deixar o seguinte comentário nesse post: "O mundo muda a cada três segundos"
Obs.: Comentar apenas na primeira participação.

03 - Preencher o formulário AQUI

Pronto! Seguindo estes passos você já está concorrendo ao exemplar de "A cada três segundos" !
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Quer ter mais chances de ser sorteado?

04 - Se você tiver uma conta no twitter, siga @Cosmonautas e ganhe mais um número para o sorteio. (Preenchendo mais uma vez o formulário AQUI)

05 - Se você tiver uma conta no twitter, siga @michelefarran e ganhe mais um número para o sorteio. (Preenchendo mais uma vez o formulário AQUI)

06 - Entrando na comunidade "Cosmonautas" no orkut você ganha mais um número para o sorteio! (Preenchendo mais uma vez o formulário AQUI)

07 - Quem divulgar no Twitter ganha outro número - basta deixar o link da divulgação no formulário, preenchendo uma vez mais AQUI

Frase a ser divulgada:

RT: #sorteio Eu quero o livro "A cada três segundos" que o Blog @Cosmonautas + @michelefarran estão sorteando! (http://migre.me/1rv7W)

Pessoal, apenas lembrando: Para evitar spam, a frase pode ser tuitada ou retuitada a cada 2 horas, ok?

As inscrições podem ser feitas a partir de hoje (30/09), até domingo (10/10) a meia noite. O sorteio será efetuado pelo site RANDOM.ORG - e o resultado postado no blog, na segunda, dia 11 de Outubro.
O ganhador ou ganhadora terá 03 (três) dias para responder o email e enviar seu endereço. Caso não houver resposta em três dias, o sorteio será efetuado novamente.

BOA SORTE!

Anuncie

13/01/2010
15:14
Anuncie sua chegada
Sua entrada em minha vida
Peça pouca licença e
Limpe muito dos pés
Abra a porta de levinho
Faça silencio. Fale baixinho
E, se for ficar para todo o sempre
Esparrame-se em meu tapete
Se tão breve partir,
Agarre-se em meus braços
E se deste tempo tão logo
Já for manhãzinha,
Acenda o fogo e prepare o café
Acorde os passarinhos e
Acorde a mim
Pois tão breve quanto o fim
Será tão dolorosa partida
Da minha casa
Da minha vida
Logo existo de novo sem você!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Alice no País das Maravilhas


Obra de minha autoria.

Obs.: Clique na imagem para ver em tamanho ampliado.

A cada três segundos

"Cada novo segundo que se passa é uma oportunidade para se mudar o que se é. E a cada três segundos pode-se dar forma a um novo sentimento e transmiti-lo.

Nas ruas de uma metrópole, pode-se ver tantas facetas, quanto na mente de uma jovem, e quando os dois se juntam pode-se trazer à vida uma sensibilidade pouco conhecida de uma geração mergulhada em tecnologia.

Passando por sensações de abandono à alegria das antigas amizades, A cada três segundos é uma exposição do coração dos jovens do século XXI aos jovens do século XXI."

.

Confeccionado com base em experiências vividas, este livro torna-se interessante pelo fator mudança.
Sem um tema central ou específico, Michele Farran nos proporciona uma visão fantástica da transformação, da capacidade de metamorfose que todos nós, sabendo ou não, carregamos de alguma forma.

São contos, poemas e poesias com uma linguagem moderna, porém simples, pura e intensa. Alguns poemas estão em inglês, mas não se preocupe, se seu inglês não for muito bom, sempre pode-se recorrer ao bom e velho dicionário ou até mesmo a ferramenta de tradução do google.

A poesia, uma vez muito sincera e vívida, torna-se de fácil entendimento.

Em um mundo conturbado e uma época mais conturbada ainda, nem tudo são flores e alguma revolta também é agregada a este livro. Assim como algumas críticas. à como nosso meio social é conduzido. As demonstrações de amor também chamam a atenção.

Porém, o que me deixou mais marcado em relação a este livro foi a intensidade dos sentimentos externados nas poesias.

Tau


Se você pudesse pegar um momento da sua vida e colocar dentro de uma redoma de vidro.
Se você pudesse manter esse momento intacto, intocado, imaculado.
Se você pudesse guardar junto todas as suas emoções, todos seus melhores pensamentos.
Que momento você escolheria? Que emoções?

Se você pudesse escolher uma pessoa para guardar na memória para sempre.
Se você pudesse escolher um sorriso para sentir e lembrar para sempre.
Quem você escolheria? Qual você escolheria?

A vida pode acontecer em 100 anos. Ou 10 minutos.
Parece uma eternidade, mas quando chega ao fim, pareceu tão rápido.
Não há tempo para escolher, não redoma para imortalizar, não há o caminho perfeito para percorrer.

Existem mais de 200 pessoas na sua vida por quem você poderia se apaixonar.
Mas de tudo isso, você só precisa de uma.

Existem mais de mil maneiras de viver
Mas você só precisa de uma, a sua.

Michele Farran

Ficha técnica:

Título: A cada três segundos
Autor: Michele Farran
Editora: Livro Pronto
Páginas: 67
ISBN: 978-85-7869-094-6


Gostou da resenha? Comente! Quando a resenha chegar a 10 comentários colocarei no ar a promoção, com sorteio de 1 exemplar deste livro!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Amor Inexistente

19/05/10
11:05


Dê-me um doce olá e sente-se ao meu lado amor inexistente.
Fale-me sobre as manhãs de primavera; sobre as camélias ainda adormecidas...
Conte-me dos dias ausentes em que vivemos em nossa mansidão consoladora.
Conte-me doces mentiras, mas fale comigo às vezes...
Não me deixe aos prantos e afogada em meu silencio devastador.
Não expresse pouco caso de meus medos, nem faça do todo amor que lhe aguarda pouco.
Sente-se em sorrisos falantes e estórias desconcertantes.
Cale até perto de mim, mas esteja...
Por perto.
Não justifique as artimanhas do destino, nem acuse o bom ser por nossas fraquezas.
Se este momento jamais chegar, ao menos desejamos com toda a força oculta em nossos corações.
Soubemos desejar, antes mesmo de merecer viver este amor...
Não nos intitule incapazes de sermos felizes, nem pequenos demais para entender o que nomeamos felicidade.
Seja humilde imperfeito amor. Saiba que dos dias frios guardamos a força que o calor leva em mínimo esforço. Das horas vagas, a meditação oculta em nossa oração. Do medo, a esperança mantida no silencio.
Não espere o momento certo para pegar em minha mão.
Nem o toque preciso para me dar um beijo...
Não espere que eu implore a sua presença para existir em minha vida.
Apenas seja.
E deste momento vindouro conversas desnecessárias (necessárias) construirão um vinculo hostil.
Chamaremos de "nossa história". Ou de "começo relevante".
Aprimoraremos nossos gostos, nossas escolhas... nossas diferenças.
Viveremos incompletos e seremos completados.
E ao falar das camélias, citaríamos uma obra perfeita para definir seus perfumes. Saberemos como elogiar algo sublime, não apenas lhe dar uma ação fixa e ligeira.
Neste momento - amor ausente - seremos precisos e tocáveis.
Existiremos na grandeza da obra e não somente nos devaneios de poucos sonhos.
Seremos o que somos agora, porém saberemos o tempo em que nosso amor existe.
Presente.

Nota complementar: foto de uma obra de Picasso.

sábado, 25 de setembro de 2010

Registro Lupa 21/08/10 20:00


Pra quem não sabe o nome Lupa veio por causa de um certo "diario",que digamos assim, é um objeto com papeis e capa onde escrevo aquilo que vem a tona.
E agora acabei de chegar em casa, ai escrevi algo, e resolvi ler o que escrevi em uma epoca onde vivia "livre", agosto, mes de ferias, mes de Porto Alegre, mes de realmente AMNÉSIA!
A musica que me libertou, nos levou a capital do Rio Grande, tenho orgulho por viver em outras frequencias.

Sabado 21/08/10 20:00

É engraçado escutar musicas romanticas, sem ter nenhum amor pra projetar todo o sentimento que a canção traz.
O momento realmente é de solidão, mas essencial e perfeito.
"A vida é um beijo bem dado, na boca do meu amor"
Ótimo foco, mas é que hoje parece que não tenho mais coração, a não ser se uma guria de pele enrrolada e cabelos brancos casasse comigo....

A instante é complexo quando se vive por aqui, a vida é diferente, ao vivo é muito pior, tudo é estranho, sinceramente acho que vamos marcar essa epoca que estamos vivendo.
Tudo é tudo, se você tiver alguem pra contar o que fez durante o dia, esse sentimento esta trancado aqui, a chave é só você que tem.
Não tenho coragem de conversar contigo, talvez isso seja amor, talvez paixão, sei que a sua presença me tira do serio.
Aqui é unica forma que consigo talvez chegar mais perto de ti, esperando uma possivel leitura sua, pois na sua frente minha mente fica vazia, não consigo me expressar, não consigo ser eu, mas não sei quem sou sem você, que ainda não apareceu por aqui.

Nenhuma palavra...

nenhuma palavra vale
nem a interpretação das palavras
vale

somente vale
o que os olhos vêem
somente vale
o que o corpo sente
somente vale
este arrepio na gente
somente vale
a verdade inerente
somente vale
o desejo ardente
somente vale
a imagem que vai

nada mais vale
nada
nem vale nada
a dor do adeus

pois o adeus
não vale...

Adeus sem dor

24/09/10

20:07


Um dia eu não estarei mais lá quando você abrir seus olhos...
Não dividiremos mais a mesma refeição, nem entoaremos uma nova oração...
Um dia eu não vou mais chorar sua ausência, nem mesmo chorar eu vou...
Não dormirás mais ao meu lado, nem velará meu sono...
Um dia você não vai mais sorrir dos meus exageros, nem criticar minhas faltas...
Nós não dançaremos mais a nossa musica, nem gritaremos o mesmo gol...
Um dia não desistiremos de assistir os velhos filmes para apreciar o silencio,
nem andaremos abraços no parque...
Num dia, um sequer nós nos perderemos um do outro.
Você ou eu, ou nós dois juntos...
Fecharemos nossos olhos para este e outro mundo;
levaremos nossas lembranças, sorrisos e olhar.
Neste dia deixaremos de ser dois e eternizaremos num longo e singelo um.

Nota da autora: para meu amado e fiel Yolaus.
Os animais são presentes de Deus e eu tive a felicidade de encontrar um grandioso.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Tropeços



De mim
algo não pode falar

uma cegueira
um coágulo

cavalos entre retinas
retalham os sonhos



de mim,
hoje não posso escrever

tropeço em pesadelos

Poema: Carmen Silvia Presotto
Fotografia: Steve Klein

Nós

30/05/2009
12:15

O que sabemos da vida? Tudo?

O que sabemos sobre cair?
Cai, levanta-se, se limpa e continua?
Machuca-se, chora, xinga, para?
E a dor, o que se sabe da dor?
Sente, guarda, suporta?
Usa-se no medo, na saudade, na ausência?
Somos todos vagos, desinteressantes... ricos de sabedoria mundana
com mãos vazias e corpos nus. Somos crianças choronas,
adolescentes problemáticos, mães histéricas e pais ausentes.
Somos todos! Não excluirei João nem Maria.
Um dia quando cai o poço era escuro demais, frio demais e minhas mãos tremiam. Meu medo temeu meus medos e eu sonhei o fim. Ali eu achei que meu toque, que meu som, que minhas lágrimas não repousariam mais nos colos vazios, em rostos tristonhos, em olhos mudos... ali eu desisti.
Fiz uma pausa e calei...
Eu avaliei os destroços de minha jornada, do que chamei de vida estes dias...
No meio do nada, o nada do nada foi meu tudo e eu pude estar em comunhão com o divino ser e pude mais, muito mais. Eu pude tudo! Como pude.
Cair, doer, julgar são ações involuntárias. No fundo não as queremos, mas as atraímos de uma forma ou outra.
Pois não existe levantar sem cair,
Entrega sem dor,
Humanidade sem julgamento.

O que sabemos da vida? Nada!


Nota da autora: isso sou eu! Somos todos assim.
Negar isso impede nosso crescimento espiritual.
.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Corações unidos


Se ocultar pra quê?
Se não temos mais tempo a perder.
E nossos corações estão ansiosos para alcançar o além.
A arte é a expressão da mente de cada um.
É a reprodução espontânea de suas idéias.
Sem repressão.
Vamos seguir nessa onda de pensamentos.
Letras que se embaralham e formam palavras.
Pra transcrever o tamanho do sentimento.
Riscos que se rodeiam e traçam as imaginações.
O que seria da arte se não nos empenhássemos num bem maior.
E se não nos dessemos as mãos para mover este barco.
Estamos mostrando nossas caras.
Mas acima de tudo, nossos corações.
Vamos uni-los.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Já não me importo com as roupas.

Já não me importo com as roupas.
E também parei de me importar com meus cabelos.
Uns dizem que devo usar tal coisa para agradar,
E eu quero usar uma coisa diferente porque é mais confortável.
Aprendi que para chegarmos até um determinado lugar,
Algumas vezes temos que passar por um determinado caminho.
E assim é sempre. Para conseguir uma coisa, abrir mão de outra.
O que difere são as importâncias.
E no final, nada importa tanto assim.
Muito menos as roupas que eu escolhi
Ou que escolheram para mim.
Quero apenas andar, sabendo onde vou chegar.
A barba e o cabelo, preciso fazer.
Eu faço a barba e o cabelo.
O sucesso, quero fazer.
Eu faço o sucesso.

Pense assim e veja o que acontece.
.
Guiomar Baccin
.
.
.


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Poema inesperado...

corria a noite
passos apertados pela pressa
coração aos solavancos
nos caminhos desse sonho

passos ao encontro inesperado
ao abraço inesperado
ao beijo inesperado
ao amor inesperado

corria a noite
lentamente o jogo virava...

sábado, 18 de setembro de 2010

Imaginário!


Obra de minha autoria

Obs.: Clique na imagem para ver em tamanho ampliado.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Pela fresta...

O amor entristece,
Fica amargo,
Quase uma neurose.

Pesado, um fardo e tanto.

O melhor não apetece,
Como se com o tempo
Escoasse por alguma fresta.

Totem

"Para espantar todo o mau desse mundo"
(Sp2010 - Madeira - tinta acrílica, marcadores, corretivo escolar)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A vida dos outros

07/10/2009
04:03

Eu olho pela janela e vejo mais um dia de atrasos.
Mais um dia ausente para ser vivido. Apenas uma nova estatística a ser amontoada em arquivos governamentais. Entre prateleiras desconhecidas...
Lá fora todas as leis existentes não podem acalentar seus medos cotidianos, nem suas faltas pessoais. Numa rua vazia seus filhos inventam uma nova droga. Outra maneira para protestar contra faltas e abusos morais. Olhe mais de perto.
Os donos da lei escondem-se entre muros e brincam com suas armas de brinquedo. Enquanto lá em cima o moro pega fogo. Mata gente. Morre a paz.
Aqui embaixo o trânsito (cruel e letal) cria novos cânceres, novos maníacos...
Esta mesma enganação te leva aonde sempre deseja chegar: ao cumprimento de sua estúpida rotina.
Neste mesmo farol em que você lixa suas unhas (pinta o olho, acende outro escape...) o pedinte ladrão faz sua nova vitima.
Mas isso o banco já faz com suas sutilezas sem limites. Isso os políticos também fazem com suas promessas maravilhosas. E o governo faz... e seus vizinhos... parentes...
Esta mesma rua que se ocupa deste amontoar de dióxido o leva também até seu “doce lar”. E lá repousa sua família perfeita. Uma esposa sorridente prepara o jantar do ontem.
Hoje, insatisfações conjugais a ela até o outro lado da cidade. Sua comida agora dorme na agilidade dos meios.
E desta mesma janela posso comprar o que há de mais ilegal e a facilidade com que isso se apresenta a mim acaba deixando de ser crime aos meus olhos.
Um ato (que julgamos) moral nos torna inocentes de nossas próprias falhas.
Ligo a TV para mais uma desgraça. Parece que a natureza esta acertando as contas finalmente. O superior nunca dorme...
Nestes mesmos dias de ilusões as Marias jogam pôquer no porão do restaurante chinês.
Mas isso era para ser outro segredo... quantos mais haverão de guardar?
Na esquina desta mesma rua, lindas meninas fazem de seus corpos uma porta sempre aberta. E quem ousaria fechá-las?
E nestas calçadas de estrelas douradas, seres “inúteis” fazem suas memoráveis refeições. Sonhando com a dignidade que sempre lhes roubamos. Com os dias do amanhã. Com mais uma dose.
Os poucos que ainda preservam esta milagrosa dignidade encontram-se dentro de casa escondidos entre vidros escuros e quartos vazios. Entre decepções mundanas e livros empoeirados...
Repousam em silencio esperando a morte chegar...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Chapéu da Liberdade.


Obra de minha autoria.

Obs.: Clique na imagem para ver em tamanho ampliado.

domingo, 12 de setembro de 2010

Óculos

Philip estava jogando vídeo game quando teve a impressão que algo não estava certo.

Eram seus olhos; doíam e lacrimejavam. Precisava ir ao oftalmologista com urgência.

Chegando à clínica, prestou os exames; não sem antes ser alertado pelo doutor que ele deveria ficar o resto dia em repouso, pois teria dificuldades para enxergar por um intervalo de tempo de algumas horas.

Foi para casa com o resultado nas mãos, tendo a certeza de sua próxima parada: Ótica – uma loja de óculos. Escolheu a armação e combinou o preço, vinte e quatro horas para a entrega. Ir para casa, dormir, longa espera. No dia seguinte lá estava ele, seu par de óculos novinho em folha.

Abriu o pacote, provou – tinha ficado torto. Bem torto. Teve certeza de sua próxima parada: DERME – uma clínica de cirurgia plástica. Pediu para o doutor consertar seu rosto.
.

Ao jardim de Eliza

Essência macia
gotas de flor
-amor-
no cálice da Vida...

Carmen Silvia Presotto

sábado, 11 de setembro de 2010

A Essência!

Obra de minha autoria.

Obs.: Clique na imagem para ver em tamanho ampliado.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Desetnize-se



Sou branco
Sou mulato
Sou cinza
Sou pálido
Sou verde
Somos gente
Fale seu dialeto
Qual é a sua língua?
Vem e mistura com a minha.
Que pano te veste?
Que no Ocidente se despreze.
Sua raça.
Uma graça.
Sua cultura.
Nossa cura.
Que comida te serve?
Que na nossa panela não ferve.
Se come frio ou quente.
Ou se dorme do lado direito ou esquerdo.
Por cima ou por baixo.
Se te deita com uma ou mil.
Se ouve reggae, punk, jazz ou mpb.

Não seja igual.
Se pode ser você mesmo.
Sem medo.
Nem credo.
Desetnize-se.

Memorial do Inferno

Livro autobiográfico, onde Valdeck nos conta a história de um Baiano no interior, com família que não tinha renda para sustentar oito filhos, além dos pais, morando de aluguel, sem móveis, sem água encanada nem luz elétrica e que pelo grande amor de sua mãe, Paula Almeida de Jesus, a família permaneceu unida até que cada um dos filhos pudesse sobreviver por si só.

Valdeck começa nos contando sobre sua infância; comenta sobre um episódio onde aconteceu sua "quase" primeira relação sexual, primeira namorada, evolução nos estudos, e já nessa época como conheceu e gostou daquele jeito de escrever que chamava "poesia".

Também são retratadas todas as dificuldades que já o aguardavam ali, desde o momento em que veio ao mundo. Na minha visão, desde criança Valdeck já se destacava, e acredito que um dos principais motivos para isso foi justamente a capacidade de adaptação que encontrou e desenvolveu durante sua infância e primeiros anos de adolescência.

Sempre tendo que “correr atrás” aprendeu a dar o devido valor a cada coisa.

A leitura desta obra não é nada cansativa, pelo contrário, me fez gargalhar algumas vezes, como na parte em que Valdeck nos conta como caiu em uma brincadeira de um amigo, durante uma das procissões que a mãe adorava ir. Um menino lhe deu uma vara para segurar, quando segurou firme, seu "amigo" puxou a vara que escorregou por seus dedos deixando sua mão toda suja de bosta.

Valdeck segue retratando muito bem a vida na Bahia naquela época. O tempo vai passando e o autor vai relatando suas conquistas. Entre elas, moradias e seu primeiro carro. Com ele, as viagens, todas interessantes e recheadas de detalhes. Entre os que eu mais gostei, está o relato de Valdeck sobre ter avistado um disco voador na estrada de Santa Inês.
Ainda na parte de viagens, temos relatos de viagens à São Paulo, Jequié, Salvador, Nova York, Madrid, Porto Alegre, Venezuela e Cuba.

Para concluir, uma sessão de histórias bizarras. E são bizarras mesmo!

Este livro não apenas narra com detalhes uma história de superação de obstáculos durante toda uma vida - tendo como principal inimigo a dificuldade financeira - como também mostra que sorte é quando a força de vontade encontra mais força de vontade.

Uma das principais mensagens que tirei deste livro foi que, por piores que sejam as condições onde uma pessoa vive e como ela vive, ainda assim, com muito esforço e força de vontade, é possível seguir em frente, sem nunca desistir, ser ajudado e ajudar da melhor forma possível.
Todos nós temos uma imensa capacidade, uns usam, outros não. E, mais importante que isso, qualquer pessoa, independente de cor, credo ou classe social, DEVE sonhar, para então sim poder realizar.

Esse trecho é do começo do livro:

"(...)eu, com meus seis ou sete anos de idade, viajava no ônibus com minha mãe, e um passageiro, sentado no banco de trás, começou a brincar comigo. Como eu não respondia nem participava da brincadeira, o homem protestou dizendo que eu era muito enfezado e que tinha a cara fechada. Hoje, ao lembrar desta cena, percebo o quanto mudei. Atualmente sou um sujeito brincalhão que tenta sempre se manter alegre e tirar uma boa lição de tudo o que a vida possa oferecer, seja de bom ou de ruim."

Neste livro podemos perceber o quanto é importante a postura que cada um de nós apresenta perante a vida e o que cada um faz a partir disso.

Parabéns ao amigo Valdeck por mais esta obra!
Livro recomendado!
.
Guiomar Baccin
.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Navegar é preciso.



(Sp2010 - Sulfite A4 - marcadores, grafite, lápis de cor)

Obs.: Clique na imagem para ver em tamanho ampliado.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Flor da pele

Quando sinto o efeito
Realmente percebi a vida
A flor da pele
As palavras voam como pássaros
"Quando bebo, não me responsabilizo"
Mas quem se resposabiliza?
Nos matamos
Todos os dias
Falei, escrevi, senti
Fiz, demonstrei e não recebi
Errei, percebi, erramos
Nos afastamos, te afastei
Me encontrei, nunca mais lhe vi.
.

Vidráguas Brasil!

Na mão
a vida

No pé
a estrada

No verso
o reverso de nada ser



Vida que te quero

verde
branca
preta
azul
vermelha
e amarelamente possível.

Sinta!!!


Obra de minha autoria.

Obs.: Clique na imagem para ver em tamanho ampliado.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Estes olhos

12/09/09
14:25

Ah, estes olhos...
Estes mesmos olhos que amas, já não podem ver seu amor...
Não veem seus gestos e suas doces expressões.
Nem seus traços e suas cores.


Eles olham para um nada, para um “logo ali”.
Para outro doloroso nada... nem olham!
Estes olhos que encantam, já não podem ser encantados.
Nem encontrados senão ali: no vazio dos teus dias!


Estes olhos que irradiam sabedoria, nada pedem...
Nada além de gotas da pouca compreensão.
Estes doces olhos que já não sorriem, já não falam nem choram.
São olhos que me arrebentam, me arrasam...


Oh, estes olhos...
Olhos que me calam me apavoram...
São estes mesmos que me observam sem saber, sem ousar...
São olhos que a lembrança jamais há de roubar.


Nota da autora:
“Oh, dona de lindos olhos!
Se não me sente, não me ama.
Se não mente falta, já não chama
Se não precisa de meus versos, me abandona”



domingo, 5 de setembro de 2010

O dia que eu te dei adeus

Nota inicial: para minha mãe

01/01/2008
00:23

Uma mão dá um adeus de leve...
Lagrimas rolam de olhar tão orgulhoso.
Meu corpo se move lentamente para longe, para o nunca, para o fim.
Meus passos pesam e quase impedem que eu saia do lugar, mas seu choro me empurra para qualquer direção; para um futuro bom.
Um dia ele também te deixou, mas hoje sou eu quem se afasta de mansinho e lhe dá as costas; sou eu que te deixo sozinha na porta.
O mundo me chama, palavras me conduzem, meus sonhos me aguardam...
Hoje um doce adeus me tirou o chão para que eu possa ganhar o mundo.
Ela sabe que não será fácil para mim. Ela sabe de meus medos. Ela sabe que corro perigo; mas ela arriscou, pois ela sabe onde posso chegar e ela viverá para que isso aconteça.
Eu deixo pra trás amigos, liberdade, aconchego. Levo esperança, garra, fome.
Levo menos do que deveria, mas mais do que posso carregar.
Algumas portas se fecham atrás de mim e já vejo todas se abrindo na minha frente.
Sei que nem todas poderei entrar; nem todas querem meu bem; nem todas me aceitarão.
O começo é difícil, mas o fim será sublime; não temo os meios.
Uma nova era surge a minha frente. Já posso encarar meus demônios ou respeitá-los mais. O caminho começa a ser trilhado e já guardo milhões de pedras.
Anjos e mensageiros dividem as horas, mas é ela que de longe reza por mim.
Os dias passarão depressa como as lágrimas que rolam em nossos rostos, como as dores que consomem nossa carne.
Este é o começo de uma história, de um conto, de uma lenda.
Ela ainda contará para você!

Nota final: faz mais de cinco anos que estou longe de casa. Parece que foi ontem... minha mãe sempre me espera; ainda lembro a expressão de rosto.

Uma poesia cega!

Olhei nos olhos da poesia
E descobri que ela era cega
E ainda assim me sorria...

Descobri que ela me inventava
Enquanto eu a colhia
Enquanto eu me iludia que sabia...

Fechei meus olhos pra entender...

E a poesia ainda me sorria...

sábado, 4 de setembro de 2010

Com Amor


O que acontece no meu coração.
Desconheço o nome.
A reação que me causou me provoca.
Vontade se mistura à ânsia de querer.
Os sentimentos se embolam.
Se traduzem apenas nos gestos e pensamentos.
Os dias passam.
E essa sensação parece não ter fim.
É preciso descompassar os batimentos.
Respirar e acalmar o desejo.
Mas de que vale a razão.
Se não podemos viver aquilo que sentimos.
Vamos recriar a nossa história.
Apenas vivendo.
No amor.
Com amor.

Sobre Conhecer a Si Mesmo

Fico tão feliz em sonhar, lutar, e realizar...
Cada uma dessas ações pode ser amplamente descrita,
Mas as três, juntas, neste tempo,
Sonhar, lutar, realizar;
É esplêndido, especial, incomparável.

O Sonho

Primeiramente, é bom lembrar:
Cada um sabe o que realmente carrega consigo; ou ao menos,
deveria tentar conseguir saber; por isso, sentimentos
são difíceis e algumas vezes não podem ou não devem ser
comparados.

Mas o sonho...
Ah, O Sonho! Os sonhos!
Por que não?
Eles são a obra-prima, o começo, o projeto, o planejamento,
a vivência que é a preparação...
Quantos foram os risos e quantas foram as lágrimas do nascimento
aos 15 anos?
                              até os 17? 20? 22?
É... chegamos a uma verdade “infinita”. O Tempo.

                                Veja bem a importância:
O tempo leva a luta.
Não dura para sempre.
Nem a derrota,
O sucesso, talvez.

Mas um Sonho;
Um sonho o tempo não é capaz de apagar.
Um sonho pode sobreviver ao tempo.
Durante toda a jornada da luta,
Ele, o Sonho, deverá estar em pé.

A Luta

É aqui que se separa o Joio do Trigo.
A perpetuação de sua vitória, caso for dedicado o suficiente
para alcançá-la, dependerá de quem você foi durante toda a
batalha.
Como lutou.
Se a consciência aceitar o contexto, sem culpa, deve estar
certo.

Mas eu não julgo a outros e nem gostaria de ser julgado
também.
Esta é uma reflexão que deve servir apenas individualmente.
Cada um consigo mesmo.

A Realização

                   Esta é a parte que você conhece.
                   Ou a parte que você quer conhecer.

                                   O resto você já sabe.

Guiomar Baccin

Mentecapto!

Mensuro a idiotice pela conseqüência!
Especialista em recorrentes besteiras
Nunca lembro das próprias loucuras...
Tateio o perigo a cada avanço
E esqueço que será inviável voltar...
Cristais quebrados no escuro
Ainda assustam meus sonhos infantis!
Preso à asnices, busco um último verso,
Testamento da minha inaptidão...
Olho tudo que fiz e dou meia-volta!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

"O Liberto" (Totem)

(Sp2010 - Madeira - 64x48cm - tinta acrílica, marcadores, corretivo escolar)

Obs.: Clique na imagem para ver em tamanho ampliado.

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Dezembros

03/12/2009
16:30


Dezembro matou meus sonhos!
Levou restos de amores,
Deixou dor e esperança
Um pouco de ilusão


Dezembro fez-se castigo
Também promessa
Um medo sem tamanho
Uma batalha sem igual


Dezembro de meus dias
De minha paz enlouquecedora
De passos tão certos. Incertos.
De coração e corações


Dezembro amaldiçoado
De barreiras impostas
Muitos cuidados.
Alguns de leve se foram
Outros para sempre inacabados

Nota visual: pintura de Monet (Claude Monet, pintor impressionista frânces)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Moro em meus sonhos!

Moro em meus sonhos!
Num tapete voador
Tecido de saudades...
Estou em casa
Quando beijo tua boca
E percebo o teu olhar...
Moro em teus abraços!
Minhas mãos abriram tuas janelas
Desvendando teu encanto
E fluorescência...
Moro nesta lembrança!
No afago que protege meus sonhos,
Equilibra a razão e o desejo...
Moro no teu silêncio!
Na ausência incompreensível,
Na dor que desperta
Quando tocamos na vida...

Paixão


Enxergo o mar nas ondas da menina de seus olhos.
Suspiro na brisa suave de sua respiração.
Em sua boca busco o doce deleite.
Sou levada pelo peso de seu toque.
A maré passa por entre nossos corpos.
Nosso ritmo é leve e harmonioso.
Intenso e ofegante.
Suspende as palavras.
Vive na paixão.