sábado, 29 de maio de 2010

Não existe democracia em uma economia baseada em moeda.

Maximizar lucros, independente do impacto social e ambiental"
Esse processo de manipulação corporativa através de dívidas, corrupção e golpes também é chamado de "Globalização"


Os verdadeiros terroristas do nosso mundo não se encontram no escuro à meia noite nem gritam "Allah Akbar" antes de um ato violento.Os verdadeiros terroristas usam ternos de 5 mil dólares e trabalham nos mais altos cargos das finanças, do governo e das empresas.

"Sinto que as pessoas não sabem quem eleger.
Elas pensam em termos de democracia, o que não é possível em uma econonia baseada em moeda.
Se elas dão dinheiro para a campanha do candidato que querem eleger, isso não é democracia.
Eles servem pessoas em posições de vantagem. Então, sempre temos a ditadura das elites, dos ricos."


Fonte:
Citações dos documentários "Zeitgeist" e "Zeitgeist_2.Addendum"

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O homem sem dinheiro

Um economista britânico que passou os últimos 18 meses vivendo sem dinheiro está lançando um livro em junho contando a sua experiência (The Moneyless Man, ou O Homem Sem Dinheiro, em tradução livre) e diz que nunca foi tão feliz ou tão saudável.

Mark Boyle começou seu experimento em novembro de 2008, aos 29 anos, com o objetivo de chamar a atenção para o excesso de consumo e desperdício na sociedade ocidental.

Na ocasião, ele se mudou para um trailer que ganhou de graça no site de trocas britânico Freecycle e passou a trabalhar três dias por semana em uma fazenda local em troca de um lugar para estacionar o trailer e um pedaço de terra para plantio de subsistência.

Dezoito meses depois ele afirma que não pensa em voltar a usar dinheiro e que, com o que ganhar com a venda do livro, pretende comprar um pedaço de terra para montar uma comunidade em que outras pessoas que queiram viver sem dinheiro, como ele, possam morar.

"Foi o ano mais feliz da minha vida", disse Boyle, 12 meses depois de começar a experiência, "e não vejo nenhum motivo para voltar a um mundo orientado pelo dinheiro".

"Foi libertador. Há desafios, mas não tenho o estresse de uma conta bancária, contas, engarrafamentos e longas horas em um trabalho do qual que não gosto", acrescentou ele.

A parte mais difícil, segundo ele, foi manter uma vida social sem dinheiro, mas ainda assim ele classifica o ano como tendo sido "fantástico".

Boyle continua a viver no trailer em Timsbury, no sudoeste da Inglaterra, onde cozinha em um fogão de lata movido a lenha e colhe comida nas florestas, além de plantar alguns legumes para seu próprio consumo.

Ele também construiu um banheiro séptico - uma fossa - do lado de fora do trailer, onde um biombo de madeira garante sua privacidade.

Para garantir a eletricidade, Boyle usa painéis solares. Ele também usa um chuveiro solar - um saco de água coberto de preto, que esquenta sob o sol.

Boyle tem acesso à internet de banda larga em troca de serviços em uma fazenda próxima, e criou o site Just For The Love of It ("Só por amor", em tradução livre), onde promove a troca de serviços e empréstimo de objetos e ferramentas entre seus membros, pela simples "bondade".

Sua ideia é que as pessoas passem a confiar mais umas nas outras e comecem a se ajudar e trocar favores.

Ao começar a experiência, Boyle disse acreditar que "a falta de relação que temos do que consumimos é a primeira causa da cultura de desperdício que vivemos hoje".

"Se tivéssemos que plantar nossa própria comida, não desperdiçaríamos um terço dela", afirmou o economista. Sua mensagem, diz ele, é: "consuma um pouco menos".

"Não espero que ninguém vá ao extremo do que fiz neste ano, mas temos questões como o ponto sem retorno das mudanças climáticas chegando, e acredito que temos que levar essas coisas a sério", disse. "Então, use menos recursos, use menos dinheiro e um pouco mais de comunidade. Essa, provavelmente, é a mensagem que eu daria".


terça-feira, 11 de maio de 2010

Para minha tristeza

Deixe-me em paz neste inverno;
Oh, dor viva do desencanto de um coração.
Não te quero em minhas cobertas
Nem quero mais lhe dar atenção.

Um versinho para você;
Pois prometeu voltar.
Entregar-lhe-ei esta poesia em mãos.
Porém, não insista em me olhar.

Tenho agora outros planos.
Nunca mais irei te amar
Oh, minha tristeza;
Vá. Vá agora, para nunca mais voltar.

Confesso-lhe a verdade:
Deixei meu coração aberto.
Troquei-lhe por outro alguém.
Tenho agora, meu amor liberto.

Aceite esta singela homenagem.
Pois tu também não me amas mais.
Eu sei.
Mas, se isto te conforta,
Saiba que os momentos que juntos passamos,
Eu jamais esquecerei.

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Poesia publicada no livro "Vem comigo; depois te explico" em Junho de 2007 pela editora LEW

Mais no site: www.cosmonautas.com.br
Guiomar Baccin

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Outra poesia infame

Enquanto tua boca toca o meu corpo
E eu queimo de desejo
Minha imaginação pega fogo
Enquanto imagino o teu beijo

E essa distância
Enlouquece-me.
Em pensamentos cheios de malicia,
Beije-me.

Poluindo minha mente
Com pensamentos infames e sujos.

Mãos, pele, olhos, cabelos
Volúpia em silêncio.

E o que acontece
São coisas que daqui não saem.
E em pensamentos fúteis,
Jamais se esquecem.

Julie Faccenda
.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Ao abrir dos olhos

Ao abrir dos olhos avisto a desgraça do meu povo
Que de olhos fechados assiste TV e parece não ver
Estampado no espelho as lágrimas de barrigas cheias de fome
As mãos vazias cheias do nada ofuscadas pelas luzes que vem da tela

Ao abrir dos olhos enxergo no palmo além do nariz
O que o meu povo de olhos fechados sente, sobrevive e não vê
O que as lentes de maior alcance não podem mostrar
O que a informação diz contar e não informa

Ao abrir dos olhos vejo a ordem e progresso
Que de forma legal e injusta perpetua a cegueira do meu povo
Onde a justiça é cega, mas enxerga a pele negra, a roupa suja e o bolso vazio do meu povo
Onde o progresso torna o que é de DIREITO em caridade

Ao abrir dos olhos me vejo na LUTA
Que aos olhos fechados do meu povo é sonho, é UTOPIA
Que aos olhos fechados do meu povo, quando junto dos que vêem é baderna
Que aos olhos atentos dos que cegam meu povo é ameaça

Ao abrir dos olhos vejo um único caminho e ouço duas vozes
Uma que manda fechar os olhos e seguir
E outra que me mantém seguindo.

Diego Ferreira