domingo, 31 de março de 2013

Vegetarianismo foi a melhor escolha que eu fiz na vida!



Resposta: por Gabriela de Oliveira

Há pouco mais de dois anos eu me tornei vegetariana. Foi um momento de compaixão, de olhar para o próximo e me importar com sua dor sem me importar se era ou não da mesma espécie que eu. E eu me sinto muito bem por ter feito tal escolha.

Nesses dois anos de escolha pessoal, eu já ouvi todo tipo de piadinha e falta de respeito que fosse possível. Sim, eu já ouvi tudo quanto é tipo de coisa, desde: “mas os animais existem para nos servir,” até “deus permite que comemos animais, então não é errado.” O pior de tudo é que, em 99% das vezes, a pessoa me perguntava o porquê de eu ser vegetariana e, após minha resposta, dizia que eu era exagerada, radical e que estava tentando convencê-lo a não comer carne, sendo que o próprio me convidava para churrasco dizendo: “se você provar o meu churrasco, deixará de ser vegetariana.”

Quando se faz algo diferente do que a maioria faz, é normal ter essa resistência, o tal medo das coisas novas. Mas há pessoas que, mesmo não concordando comigo, discutiam numa boa, argumentavam seus pontos de vista e a coisa acabava ali. Em contra partida, tenho amigos com quem nunca debati o porquê, eles sabem que eu não como carne e conversamos sobre tantas outras coisas que se há para conversar no mundo.

Mas o que realmente me faz escrever esse texto é algo que aconteceu nessa última semana. É um belo dia em que eu acesso a rede social, como todos os dias. Mas neste dia, deparei-me com o texto de um amigo, que não tinha a intenção de ofender ninguém, mas ofendia muita gente. O texto não apenas mostrava claramente a sua opinião sobre o consumo de carne, mas ofendia qualquer vegetariano ativista. Sentir-se irritado por postagens acerca do vegetarianismo? Pois eu leio quase todos os dias que as pessoas estão planejando churrasco, estão comendo churrasco, que amam bacon e não me incomodo com isso a ponto de fazer um texto dizendo que eles parecem religiosos pelo consumo desenfreado de carne.
Ao ser criticado por tal texto, deixou claro que quem o criticou era estúpido, pois não havia entendido o tal texto; foi pedido, então, uma explicação, já que o texto foi mal interpretado, mas a resposta do autor foi de que estava tudo muito bem explicado, era só ler o texto. Em primeiro lugar, qualquer um que escreve um texto de opinião deveria ser maduro o suficiente para aceitar as críticas e, quem sabe, tentar mesmo explicá-las. Teve direito a resposta e se recusou a dar tal resposta. Por quê? É uma boa questão. Mesmo sabendo que seus amigos vegetarianos não tinham gostado do texto e o tinham criticado, não deu a menor bola a este detalhe. Só depois foi fazer-se de vítima para afirmar que se sentiu traído, mas claro, é fácil não aceitar as críticas, recusar-se a dar respostas, sequer vir pedir desculpas e depois fazer de conta que não fez nada, que era um texto inocente.

Talvez a intenção de tal texto fosse mesmo inocente, mas de boas intenções o inferno está cheio, como diz o conhecido ditado popular. Se foi mal interpretado e ainda considerava os vegetarianos amigos, porque não medir as palavras e explicar o mal entendido? Confesso que era essa a atitude que eu esperava, mas que não veio.

Ser vegetariana não é a coisa mais importante do mundo pra mim. A maioria dos meus amigos e todos os meu familiares são adeptos do churrasco de todo domingo e eu sento na mesa com eles. E este texto trata-se apenas de uma resposta do porquê eu ter enviado o texto do onívoro para uma página vegetariana e para que aprendam a receber críticas e pedir desculpas antes de se fazerem de vítimas por compartilharem de um ato que é aceito pela maioria das pessoas desse planeta.  

É todo dia o dia certo
Para a liberdade tão almejada
É toda hora o momento
Para qualquer coisa que se dê vontade
Seja o grito abafado
Que ecoa dentro do peito
Ou o passeio no fim da tarde para o ver o por do sol
Qualquer coisa que faça sentido
Que nos dê sentido
Enquanto tão pouco sentimos
Enquanto o tudo que recusamos a sentir.  

sábado, 30 de março de 2013

Transmutar

Transmutar o espírito da maçã para o meu avatar, sim! Com a mente é possível.


Artes de Carlos Conrado















Ode à Verdade


Ode à Verdade

I
Caminho pisando em ondas de energia
Meus pés alados irritam a pele da Verdade,
No espirro mais alto e ecoante ela fez surgir o Big Bang,
No gozo do alívio ela fez surgir o orgasmo supremo.
Nove fases de trilhões se passaram...
E a Terra foi engendrada pela vagina do Universo,
Em seu sulco as estrelas nadavam desesperadas,
Uma voz em tom new age no vão cantarolava
No intuito de acalmá-las com os seus supremos versos.

II
Procuro um ser entre as estrelas
Para observar comigo o caminhar
Da Humanidade terráquea e
Outras comunidades planetárias.
Um ser que sobrevoa sem nave,
Detentora de belíssimas asas,
Será um anjo ou versão contrária?

Ó ser! Recolhe-as e pendure-as
Para que não desbotem os fios de ouro
E venham cessar as suas energias.
Seja bem vinda a minha humilde morada.
Sou poeta em tempo integral,
E deus nas horas vagas.

III
Contemplas feliz a dança dos irmãos de Zion,
Tu te lembras das asas que te trouxestes para mim?
O bigode de Nietzsche varria a poeira do espaço,
Tudo isto para te ver passar, árvores de néon
Vibravam contentes a tocar em ti.

IV
Ó deusa que vens de longe,
O que te trouxestes aqui?
Vejo em tua face estelar
Os traços do inconfundível Metatron.
Qual emoção norteia o teu semblante?
Com o que rompes a barreira do som?
Vejo-a derramando lágrimas no Espaço Sideral,
Vejo um ser Humanóide isento do sorrir.

V
Quisera ela ser como Safo,
Jogar-se ao mar, cheia de amor.
Acordes cosmológicos te embalam,
Velam as últimas horas do seu insaciável calor.
Trabalhadores perfuram Netuno,
Deixando crateras também sobre mim.
Naves cansadas no ferro velho,
Aeronautas aposentados te assistindo na TV.
Ela, a jovem dos cabelos de néon,
Resolveu lançar o seu amor
Na esfera negra da Dor.

VI
O berço das filhas de Zion
É embalado por Árion
E sua harpa angelical.
Elas dormem tranquilas
E contentam-se ao ver Morfeu.

VII
De um panteão que vem do norte
Adquirir novos companheiros
Seguindo os passos de Kernunnos
Fui cura para o mundo inteiro.
Radiações que emanavam de mim
Cicatrizaram Ozônio e as chagas da bela Yasmim.

VIII
A Terra está enferma, seus malfeitores vagam
Em seu corpo, nós vos avisamos...
O planeta azul irá sumir, apenas o planeta azul.
O Universo é o princípio criador de todas as coisas,
A maior e absoluta essência divina,
o verdadeiro ser imortal.
Não será a Natureza que se voltará aos seus detratores,
Mas sim nós, seres suspensos, vamos dar um basta,
Eliminar aqueles que não merecem compartilhar
De uma terra de benesses, vamos continuar
 a abduzir os bons e não ceifar
 as suas vidas como seres vingativos.
Deixamo-los os nossos sinais, fizemos-los nos conhecer
 e voltamos a dizer, nós simplesmente vos avisamos!
O espírito Niemayer está conosco, a sua matéria
Não nos seria útil, portanto, separamo-lo de seu invólucro
 e abduzimos a sua essência,
 pois sabemos que Ela não precisa da carne
 para habitar o Universo e continuar as suas ações.
Niemayer, tal quais os habitantes de Uranus 2
 será mais um entre os arquitetos do Universo.
Gandhi também está conosco,
separamo-lo de sua fraqueza
Para que sua força e talento inspirem outros intergalácticos.
Conhecerás a verdade através da nossa voz,
E compreenderás sonhos fanáticos
Por uma mínima existência no Templo de Oz.

IX
Incomoda-vos a demora do retorno de Jesus?
Nós vos dizemos, Não imaginas
 o tamanho do Universo.
Não imaginas a quantidade de seres vos habitando,
Não imaginas a complexidade, quantidade
 e matérias tomadas para a propagação
 da voz do Grande Deus – Universo.
Jesus é um dos missionários mais solicitados
Pela voz do grande pai, o Deus – Universo.
Se naves humanas ainda não são capazes
De ultrapassarem as barreiras de sua galáxia,
É natural a ignorância perante a verdade.
Saibam-vos desde já, viemos propagar a verdade
 que não fora escrita nos livros sagrados
Dos queridos irmãos habitantes do planeta Azul.

X
Ah!  Inanna Rainha dos Céus,
 teus dentes são a nossa constelação,
teus olhos são os faróis que guiam
 esses loucos seres terrenos...
 Disse-nos a tua filha V.S. Ferguson,
“o tempo é o campo de jogos dos deuses.”
Eu vos digo: Somos o elmo que protege
 a enorme e protuberante cabeça do Tempo.

A respiração do Deus – Universo


A respiração do Deus – Universo

As estrelas se exprimem,
Os cosmos ejetam a matéria,
A luz do sol se projeta, jaz Terra,
A humanidade se revela
Poeira cósmica em movimento...
Olhos onipresentes observam o esplendor
Das vestes de Deus cujo tecido
São radiantes ondas de energia.
Os pulmões do majestoso ser
Em aura poética enfatizam
Ele a respirar sobre Ele mesmo...
A sua mente é a nossa gênese,
Mundos são criados, desfeitos e recriados
No ritmo da canção onipotente.
O Senhor do Absoluto, Artista Supremo,
Traça a sua matéria circunferencial
Sem réguas, prumos e compassos,
Pois a exatidão é a sua lente.

- Carlos Conrado

quinta-feira, 14 de março de 2013

Qualquer dia de março

Dia Internacional da Poesia
E tenho que trabalhar,
Ganhar dinheiro pra me sustentar. 
A rima é fraca, mas a frase é verdadeira. 
Mas, vamos, lá!
Ainda há uma esperança!
Vou aproveitar esse dia e escrever uma poesia!
Afinal, é o que a matéria faz, quando se dá a ela algo em torno de 14 bilhões de anos.
Tempo, gravidade e espaço. 
14 bilhões de anos, 14 de março.
Essa bem que poderia ser minha décima quarta poesia, mas não é!
Que azar! Pensei ser Deus lá em cima!
A matéria que surge do nada. Mas até o nada é alguma coisa. 
Isso deve estar ficando confuso. Não tem problema.
Eu também estou. 
A poesia vem do nada.
Mas até o nada é alguma coisa. 
A escrita é apressada e o tempo não para. 
Se a poesia está de aniversário, que vamos dar de presente a ela?
Um novo verso e uma leitura!
Obrigado, meus amigos, por prestar atenção. 
Se a poesia pudesse pedir um presente, seria paz, justiça e coração.


domingo, 3 de março de 2013

Tudo vai e vem

Já não vejo a hora
de chegar o tempo,
de ser agora,
aquele momento.

Espero passar,
para ver chegar
um novo dia,
em outro lugar.

Passa o tempo,
vem o novo,
passa o vento,
em outro pensamento.

Acreditar no sonho,
concluir que é capaz.
Assim segue-se a vida,
no mesmo tempo
mas com outro andar.