Eu não costumo rezar para uma entidade divina que criou tudo,
Pois concluo que não exista tal entidade.
Mas costumo agradecer - ao Universo
Costumo olhar para cima,
Ou para baixo - dependendo do ponto de vista,
Todas as noites - mesmo nas nubladas,
Para contemplar de onde eu vim - o que sou,
Para contemplar de onde todos nós viemos - o que todos nós somos.
Mais do que isso:
Para contemplar a mim mesmo.
Hidrogênio, hélio, carbono, nitrogênio.
Ou, simplesmente, pó de estrela.
Agradecer é contemplar, é alegrar.
É vivenciar, é reconhecer.
Agradecer é resistir, é continuar.
Agradeço, pois agradecendo vislumbro de onde vim,
Onde estou e para onde quero ir!
Pelos bilhões de anos,
Eu agradeço!
Pela indescritível e inenarrável quantidade de energia,
Eu agradeço!
Pelas estrelas, pelos planetas, pelos satélites e pelos cometas,
Eu agradeço!
Pela existência eu agradeço!
Obrigado, Universo!
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Pó de estrela
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domingo, 25 de novembro de 2012
Guardiões do Tempo
Eu sou o homem que beija a escuridão.
Amor nômade infinito que
Perfura.
Entre as pedras e o horizonte;
Entre o céu e a terra, entre o bem e o mal.
Ali está ele;
Enorme.
Límpido, puro,
Inquieto.
Visível apenas aos de coração puro.
Não buscamos o ouro;
Não queremos poder.
Amor é o que temos.
Fazer é o que vamos fazer acontecer.
Apague a luz.
O tempo se deixará levar...
Elementos, substâncias e
Sentimentos.
Sem se importar com o que acontecerá depois.
O tempo confia-nos sua própria vida;
Pois jamais deixaremos de existir.
.
Guiomar Baccin
.
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quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Fora do ar.
Posso
ser uma fração
De qualquer coisa que se mova
A favor do vento
Ou contra a corrente
Além do que se move
Posso já não querer ser
E ver tudo se dissolver
Expandir o olhar
E ver as coisas de olhos fechados
No modo a ser ignorado
Por quem não consegue entender
Entenda
Agora o mundo já mudou
Estamos em outra dimensão
E nenhum plano de fuga poderá nos salvar
Sonhos perfeitos
Em realidades paralelas
Ao que se pode esperar
Além do que se move
E se dissolve
Fora do ar.
De qualquer coisa que se mova
A favor do vento
Ou contra a corrente
Além do que se move
Posso já não querer ser
E ver tudo se dissolver
Expandir o olhar
E ver as coisas de olhos fechados
No modo a ser ignorado
Por quem não consegue entender
Entenda
Agora o mundo já mudou
Estamos em outra dimensão
E nenhum plano de fuga poderá nos salvar
Sonhos perfeitos
Em realidades paralelas
Ao que se pode esperar
Além do que se move
E se dissolve
Fora do ar.
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domingo, 18 de novembro de 2012
À Arcádia Literária
À Arcádia Literária
-
Carlos Conrado
Eis me aqui por entre os cosmos
Embevecido com o silêncio da Arcádia.
Observo daqui o movimento que a Terra embala
Esquecendo-se da anciã Academia de Ninfos
Guiados pelo poderoso general Literatus
Que lançou poetas tal qual Spectrus.
As estrelas vivendo por entre lágrimas,
A Lua esconde-se da tristeza com valente máscara.
Queria o dom divino de Melâmpus
Ter, por vezes, a luz dos relâmpagos,
Ser primogênito mortal dos profetas
E vislumbrar a Arcádia num novo tempo.
Depende
Às vezes não é quem fala;
E sim, quem escuta.
Às vezes não é quem faz;
E sim, quem vê.
Às vezes não é quem vence;
E sim, quem luta.
Às vezes pode até não parecer;
Mas sim,
Quem eu quero é só você.
Às vezes não é quem vai;
E sim, quem fica.
Às vezes não é quem corre;
E sim, quem continua caminhando.
Às vezes não é quem destrói;
E sim, quem torna real.
Às vezes achamos que o amor não existe;
Mas, acredite,
Vale a pena continuar amando.
.
Guiomar Baccin
E sim, quem escuta.
Às vezes não é quem faz;
E sim, quem vê.
Às vezes não é quem vence;
E sim, quem luta.
Às vezes pode até não parecer;
Mas sim,
Quem eu quero é só você.
Às vezes não é quem vai;
E sim, quem fica.
Às vezes não é quem corre;
E sim, quem continua caminhando.
Às vezes não é quem destrói;
E sim, quem torna real.
Às vezes achamos que o amor não existe;
Mas, acredite,
Vale a pena continuar amando.
.
Guiomar Baccin
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domingo, 11 de novembro de 2012
Vento
Tenho sono,
O sono de mil noites não dormidas,
Gastas sonhando acordado,
Num eterno rolar na cama.
Meus dragões me enlouquecem,
Seus venenos entram em meus ouvidos,
Rasgam minha personalidade,
Minha frágil consciência.
Cosmonauta eu sou,
Perdi minha nave num planeta azul,
E agora vago com remos em terra,
Em um voar pelo ar sem asas.
Minha verdade é mentira,
E o nada me persegue,
Queimando tudo a minha frente,
Para eu chegar soprando as cinzas.
PAblo Poetry
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sexta-feira, 9 de novembro de 2012
O RIACHO DAS ALMAS IGUAIS
Acabei de escrever mais um pedaço dos contos que postei aqui há alguns dias. Apesar de essa não ser sequência do que foi postado, acredito que ficou interessante. Adaptei um outro texto que já tinha escrito e achei bom =D Ainda nem revisei, fiquei ancioso pra postar! Quem sabe tenha algum erro ainda e provável que mude algumas coisas. De qualquer maneira fica ai pra vocês darem suas opiniões. A história tem míseras 10 páginas, gostaria de escrevê-la com mais frequencia mas ando cmo um pouco de receio de estragá-la. Vai indo assim por enquanto. Em breve usarei minhas ultimas referências nela e posto aqui as novidades. Espero que gostem! Abraço.
Sem
descanso partiu daquela terra sofrida. Carregando uma ponta de suas desgraças.
Lavou-se no córrego, mas a lama interior não o abandonaria. Rumou com a estrada
sem destino certeiro. Voltou a acompanhar o curso do rio o peso amargo de sua
consciência não o deixou ver o sol novamente naquele lugar. Partiu com remorso
e vergonha do acontecido àquela terra.
Solitário avança
sobre a escuridão da madrugada. Anda em noites comuns carregando certo aspecto
épico de fim dos tempos. Preparado para dar o ultimo passo a cada instante.
Levanta o queixo altivo, fixando os olhos no horizonte escuro, ouvindo o zumbir
distante da vida se rastejando a produzir um tom salgado, severo e profundo
muito repetitivo. O retumbar da existência num eco seco, constante, irritadiço
rasgando a sanidade de qualquer frade.
Desejou
lembrar uma primavera há muito perdida. Algo infantil enterrado por anos
compridos. Uma leve paz de espírito lhe acometeu, nada além. Essa era a
impressão que restara da infância. Uma paz de espírito. Alguns desejos
repetidos. Uma musica boba. Um inverno perdida.
Leva-o, o ar,
a benção da noite fria acalmando seus músculos e o toque triste da esperança.
Também nesse ar há presença do medo cravado na incerteza. Toda raça teme o
incerto do crepúsculo e espalha na noite esse medo inconsciente aromatizando o
vento. “Ventos que cheiram medo”, pensa. Segue o rastro desses, pois tenciona
conhecer os medos todos. Deseja, do fundo d’alma, temer também, pois desde
sempre não conhece tal sentimento.
Enfrentou o
vento. Varava-o altivo em busca de algo a temer. Cruzava terras hostis sem
destino, cuidado e nome. Jamais homem qualquer pôs nele vestígio de medo, seja
Deus ou mortal.
Em seu intimo
cultiva um poder tão natural quanto a força nos braços ou a pele na cara. Ainda
jovem sabia dessa habilidade, dessa possibilidade de fazer tudo. Dessa ultra
potência caótica. Sentia-se essencialmente infinito entrelaçado num gigantesco
presente enraizado e vistoso. Assim conhecia o tempo, tirânico em suas decisões
e infinito nas possibilidades. Era eterno.
Pouca ou
nenhuma obrigação conheceu. Esmagou os interditos. Atropelou os recalques.
Sobrepôs toda moral. Transcendeu a simples e banal consciência humana. Esse era
seu triunfo não planejado.
Ladeou o
córrego acompanhando seus sussurros. Sussurro desparelho crescendo
incomodamente. Essas águas conhecem sangue. Deve ser o sarcófago ingrato de
heróis ou vilões de batalhas. Elas não segregam mercenários ou paladinos,
abrigam almas e decompõem corpos justamente, o rio das almas iguais. Conhecia
aos poucos um mundo vil e com força com força o odiava.
Há certo ponto
a correnteza avolumou debatendo e saltando por sobre pedras inconvenientes.
Saliências ganharam vida. Entrou novamente na água. Uma força indiferente o
abateu, em profundidade rasa molhou as pernas e a água reclamou seu espaço lhe empurrando
para fora. Retomou seu caminho confuso até encontrar, já com amanhã alta, uma
queda alta. Contornou-a por uma trilha ruim e desceu cerca de dez metros onde outra
batalha se abatia. As rochas cinzentas apanhavam das gotas com uma fúria invejosa.
Às margens
campos e mata rasteira. Uma névoa agitada umedecia sua lamina branca e todo seu
corpo. A natureza se agigantava exibindo sua potência e beleza. O ambiente
sugeria a imaginação das voltas das águas nas pedras e impunha respeito. Ali
teve seu primeiro contato com o medo. Soube, com certeza absoluta, jamais teria
ímpeto, energia, sagacidade, potência ou qualquer tipo de força física, psíquica
ou sobrenatural para fazer face à essa força natural. Tão simplória e
descomunal. Considerou quantas mais cachoeiras existiriam, e essa, com apenas
alguns metros com tal imponência. Excitou-se por sua impotência e por ali
conhecer, parado ante a minúsculas gotas em queda, o significado do medo,
procurado por tantos anos.
Adentrou a
água. Juntou sua vontade, excitação e coragem e foi. Quem sabe seu destino não
seja o mundo dos homens insignificantes e sim este. Violou a serenidade dos
campos da beira. E com muita dificuldade atingiu um ponto de quebra. Sua
admiração o levou a buscar harmonia, mas impossível foi tal feito. Uma ardência
lhe correu o sangue, a adrenalina lhe ganhou o cérebro. Êxtase sentiu ao ser
empurrado, bombardeado fortemente por pequenas porções de água. Sacou a lâmina,
arreganhou os dentes, franziu o cenho e grunhiu em fúria inserindo seu gemido gutural
ao constante som irritadiço do rio das almas iguais.
Aprendeu então
duas coisas: o medo e a verdadeira fúria. A fúria constante, implacável,
monstruosa posta em cada minúscula gota. Guardou em seu intimo profundo esta fúria.
Imprimindo meticulosamente em cada olhar que daria dali em diante. Soube
medi-la. O medo ficou claro. Despertou-o para um estado de alerta eterno. Senti-lo-ia
certamente. Pois enquanto a fúria lhe fosse visível nos olhos o medo carregava
seu coração.
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quarta-feira, 7 de novembro de 2012
O Aeronauta - Entre a Razão e a Loucura
Carlos Conrado e seu Aeronauta adentram cada vez mais ao submundo da loucura e devaneios sem amarras, numa busca incessante por sonhos outrora aprisionados.
A loucura afasta-se ainda mais da razão, cabendo ao leitor subir a bordo da nave imaginação, desprender-se de conceitos pré estabelecidos, acomodar-se ao lado da razão como expectador de uma jornada a flor da pele, diante de inimigos, feras e sua própria duvida existencial, tendo o universo como pano de fundo, as estrelas ao alcance das mãos e o desejo insano de chegar cada vez mais fundo na libertação da mente humana.
Envolta a personagens, criaturas e criadores, sinto questionar minha própria sanidade, desejar não ser normal torna-se sinônimo de respirar o mais puro ar desse universo.
Sinopse por: Renata Rimet
Ficha técnica:Clique AQUI e adquira seu exemplar pela Livraria Cosmonautas!
ISBN: 978-85-8097-073-9
Páginas: 132
Edição: 1°
Ano da publicação: 2012
Local de Edição: Marica
Editora: Ponto da Cultura Editora
Sobre o autor:
José Carlos Conrado da Silva nasceu em Jacobina/BA, em 02 de abril de 1986. Radicou-se em Sergipe no ano 2000. Escritor, Artista Plástico, Designer Gráfico, Ator, Editor e Jornalista DRT/SE 1791. É autor do livro POESIA CONDENADA – Editora Cogito, O Aeronauta Entre a Razão e a Loucura – Editora Ponto da Cultura, coautor do livro A KOMBI DE PROSA E POESIA em parceria com Valdeck Almeida de Jesus, Editora VirtualBooks. Tem textos publicados em diversas antologias. Entre os seus títulos, destacam-se:Supremo Chanceler da SOFIA – Sociedade Filosófica Ateniense; Embaixador da Paz em Aracaju pelo Círculo Universal da Paz – Orange/França – Genebra – Suíça; Membro Correspondente e Diretor de Comunicação e Web da ALB – Academia de Letras do Brasil/ Suíça; Membro Efetivo da ACB – Academia de Cultura da Bahia; Vice Presidente da Casa do Poeta Brasileiro de Aracaju; Cônsul do Movimento Poetas Del Mundo em Aracaju; Membro Imortal da Arcádia Literária – Patrono Dias Gomes; Membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz; Membro Eleito da Comissão Organizadora das Eleições Setoriais, Colegiado de Literatura da Bahia, (Funceb) agosto de 2012. Assessor do Projeto Alma Brasileira; Coordenador Geral do Jornal A Voz do CEPA –Círculo de Estudos, Pensamento e Ação; Sócio Honorário e Cofundador da AAPLASA – Associação dos Artistas Plásticos de Aracaju.
Site: http://www.carlosconrado.com
Sobre andar
Não com as pernas,
Nem para que lugar...
Com a mente,
Para a dimensão
Que você imaginar.
Não para onde,
Nem com quem.
E sim como,
Quando e porque!
Não para frente ou para os lados,
Para dentro de você.
.
Guiomar Baccin
Nem para que lugar...
Com a mente,
Para a dimensão
Que você imaginar.
Não para onde,
Nem com quem.
E sim como,
Quando e porque!
Não para frente ou para os lados,
Para dentro de você.
.
Guiomar Baccin
domingo, 4 de novembro de 2012
Escolhas...
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desconhecido,
Eliza Dall'Oglio,
escolhas,
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Instinto,
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Tropeços,
Vida
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