Abro a janela de meu quarto
E já é escuro.
Procuro alguma coisa,
Tenho minha solidão.
Tão pura e tão minha.
Um cigarro;
Para não desprezar o prazer.
Uma música;
Para encontrar a mim mesmo.
A caneta e o papel;
E lá se vai minha solidão.
Chegaram as lembranças.
E aqui está meu coração.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
terça-feira, 28 de maio de 2013
A Surpresa
O novo
Encarando seu coração
Uma nova era
Atenção, pessoas
Vivam com emoção
Sem medo do que te espera
A surpresa
Gerando reações
Nunca esperadas
Um mar
De emoções
Nunca alcançadas
A decisão
Construindo um castelo
Das montanhas ao luar
Uma estrela
Brilho amarelo
A esperar
O sentimento
Tão lindo
Faz tudo acontecer
Permanece vivo
E continua vindo
Até desaparecer
A vida
Tão bela
E tão feia
Não poupa ninguém
Além da janela
Atrás do monte de areia
Guiomar Baccin
Marcadores:
Guiomar Baccin,
Monte de areia,
Poesia,
Sentimento,
Surpresa
segunda-feira, 27 de maio de 2013
O Poder da Escolha
Isso é realmente engraçado,
Algumas pessoas, talvez a maioria delas
Lutam a vida toda pelo direito de escolha,
Mais do que isso, chamam isso de liberdade.
Afinal, liberdade de quê?
De quem? de escolher que opções?
As que outros optaram?
Liberdade não é escolher,
liberdade é criar a própria questão,
Sabendo que a escolha
Sempre esteve em seu coração.
Você começa a pensar
Em coisas do passado,
Talvez tenha aprendido a lição.
Os quadros na parede,
De que lhe vale tal troféu?
Dentro de você os livros refletem na estante.
Olá, você deixou cair o seu véu...
Quem antes só havia de tentar,
Agora há de conseguir.
Guiomar Baccin
sexta-feira, 24 de maio de 2013
O Vinho e a solidão
Quando a tristeza me visita
Faço de qualquer quarto um cárcere.
Na companhia de uma taça que não me merece
Peço que a amante inspiração insista.
Que no papel branco eu comece
A grafar uma dor mista.
Na garganta da solidão o vinho desce
Enquanto seu corpo tenta... mas não grita.
Um poeta no tédio fenece
Após uma luta aos moldes xiita.
O crepúsculo chega!... Anoitece.
O poeta satisfeito fita
A dança dos versos que agora acontece.
Cala-se a tristeza, pois ela se irrita.
- Carlos Conrado-
Em Italiano:
Il vino e la solitudine
Quando la tristezza mi visita
Faccio di qualsiasi stanza una prigione.
Accompagnato da un bicchiere che non mi merita
Chiedo che l'amante ispirazione tenga duro.
Che nel foglio bianco io cominci
A scrivere un dolore impuro.
Nella gola della solitudine il vino cade
Mentre il suo corpo cerca di ... ma non grida.
Un poeta si estingue nella noia
Dopo una lotta contro i modelli sciiti.
l'imbrunire arriva! ... Cala la notte
Il poeta soddisfatto fissa
La danza dei versi che avviene ora.
Tace la tristezza, poiché è indispettita.
Texto: Carlos Conrado
Tradução: Rosanna Lapenna
Faço de qualquer quarto um cárcere.
Na companhia de uma taça que não me merece
Peço que a amante inspiração insista.
Que no papel branco eu comece
A grafar uma dor mista.
Na garganta da solidão o vinho desce
Enquanto seu corpo tenta... mas não grita.
Um poeta no tédio fenece
Após uma luta aos moldes xiita.
O crepúsculo chega!... Anoitece.
O poeta satisfeito fita
A dança dos versos que agora acontece.
Cala-se a tristeza, pois ela se irrita.
- Carlos Conrado-
Em Italiano:
Il vino e la solitudine
Quando la tristezza mi visita
Faccio di qualsiasi stanza una prigione.
Accompagnato da un bicchiere che non mi merita
Chiedo che l'amante ispirazione tenga duro.
Che nel foglio bianco io cominci
A scrivere un dolore impuro.
Nella gola della solitudine il vino cade
Mentre il suo corpo cerca di ... ma non grida.
Un poeta si estingue nella noia
Dopo una lotta contro i modelli sciiti.
l'imbrunire arriva! ... Cala la notte
Il poeta soddisfatto fissa
La danza dei versi che avviene ora.
Tace la tristezza, poiché è indispettita.
Texto: Carlos Conrado
Tradução: Rosanna Lapenna
Marcadores:
Carlos Conrado,
Poesia,
Poesia italiana,
solidão,
Vinho
quinta-feira, 23 de maio de 2013
(I)Mundo Meu!
Egoístas! Egocêntricos! Egóicos! Esguios! Estamos
chegando ao ápice! Eu gosto de exclamações! É tudo em primeira pessoa, tudo é a
meu respeito. Marx nunca esteve tão errado. O fim da sociedade e do capitalismo
como ele conheceu deu origem ao inverso do imaginado. A consciência de classe é
um sonho utópico (distópico?). Descambamos ao teórico inverso do que disseram!
Malditos marxistas mentirosos!
É
visível nosso egoísmo e ou consumismo. Nosso sistema de mundo, o capitalista, é
firmado num consenso coletivo de que é o melhor dos piores, sendo que, todos
que existem são ruins (afirmo isso sabendo das milhares de teorias contrárias a
ele, e cheias de razão, mas tratemos do tipo ideal de cidadão atual). O poder
de coerção do dinheiro nos mima. Estamos enclausurados. Na clausura
divertimo-nos esquizofrenicamente conosco. Nosso companheiro de
cela imaginário, um alterego psicologicamente real e testável. Nos enche de
orgulho e prazer.
O
negócio é com a gente mesmo. Trata-se de sentir nossos limites. As conexões
feitas são para suprir desejos pessoais. O Outro figura como fetiche do Eu. A
noção de sociedade é dilacerada em nosso intimo e vemos tudo em primeira
pessoa. Somos todos autistas!
Não
consigo não ser repetitivo. Não consigo não ser egocêntrico.
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Os defensores do pelintra
Insônia, desabafo e respeito (ou a falta dele) II
Pela frente se fala uma coisa, pelas costas, outra.
Se sou sincero, constranjo. Se calo, levo pelas costas.
Devo respeitar o reacionário, mas não posso falar a verdade.
O gosto deve ser mais importante. O que eu acho é o que vale.
Perco leitores a cada post, pois incomodo.
Sinto vontade de deixar pra lá, mas então perde o sentido.
Pela frente se fala uma coisa, pelas costas, outra.
Se sou sincero, constranjo. Se calo, levo pelas costas.
Devo respeitar o reacionário, mas não posso falar a verdade.
O gosto deve ser mais importante. O que eu acho é o que vale.
Perco leitores a cada post, pois incomodo.
Sinto vontade de deixar pra lá, mas então perde o sentido.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Insônia, desabafo e respeito (ou a falta dele)
não é de se admirar que o respeito seja solicitado gratuitamente.
O que eu acho,
ou o que você acha
deveria ter sido deixado no século XX.
É preciso,
é necessário que seja pensado o coletivo.
Não estou dizendo que devemos perder a individualidade.
Escrevi em dois mil e sete e repito agora:
somente a individualidade é capaz de formar um verdadeiro coletivo.
Guiomar Baccin
.
Guiomar Baccin
.
Assinar:
Postagens (Atom)