quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Emputece-te

Emputece-te!

Emputece-te
Ao ou ouvir os desleixos dos reacionários.
Emputece-te
Ao ver ao ver a falta de senso crítico do teu colega,
ao perceber o excesso de certezas absurdas,
ao sentir a demasiada ganância no ato do egoísta.
Emputece-te!
Emputece-te com calma, mesmo no momento da raiva.
E emputece-te com raiva, mesmo no momento da calma.

O absurdo é tão grande que já não é possível virar a cara.
Pelo menos para aqueles que já viram - não é possível voltar atrás.

A verdade sempre é desconfortável para os que privilegiam-se da mentira.
Consciente ou inconscientemente.

Emputece-te e não te acalma!
A calmaria é conformista.

E também não te preocupas, que não é o emputecimento que tira tua paz.
Tua paz quem tira é quem está em paz com a imoralidade.

Guiomar Baccin

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Sobre a Revolução II


A Revolução não começou com os protestos de 2013, muito menos com o resgate de animais aprisionados e abusados no Instituto Royal. 

A Revolução começa quando existe o debate. A Revolução começa somente com o questionamento. Com a dúvida. Dessa dúvida deve segui-se o esclarecimento moral para que haja autonomia do indivíduo.

Utilizar a palavra "revolução" empregando o contexto epistemológico da época em que está sendo utilizada, com certeza, é de vital importância para a composição da expressão. Mas hoje quero deixar isso de lado. 

Em nossa sociedade, o debate está em alta. Talvez um dos motivos seja esse poderoso meio de comunicação que chamados de internet.

Muitas pessoas que realmente estão engajadas na causa também estão na internet, e saem dela, vão para as ruas, para as reuniões, fazem-se ouvir por aqueles que se acham soberanos de nossa classe. 

Eu gostaria que algumas ações não fossem necessárias, mas são. 

Por isso, continuemos debatendo!


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Tragédia quase grega

Casados há pouco tempo, a mulher declara que está grávida.
Era uma família rica, morando em uma casa grande no sul da América do Sul. Todos ficaram muito feliz com a notícias: foram vários jantares para comemorar a vinda do novo membro da família.
Passaram-se os nove meses e nasceu um lindo e forte menino. O susto aconteceu quando, dias após o nascimento, o bebê sumiu. Foi no meio da noite.
Os pais, apavorados, saíram a procura de seu recém-nascido. Correram por toda a casa, procuraram em todos os cantos do jardim. O seu bebê não estava por lá.
Fora dos portões do casarão, havia um bosque e foi lá que os jovens pais continuaram a procura de seu filho. Quando entraram no bosque se assustaram: eram muitos os sapatinhos de bebê que estava por lá, pendurados em árvores. E recomeçaram a procura. Procuraram por dias a fio. Resolveram dormir pelo bosque, não queriam perder tempo indo pra casa. Já estava escuro quando escolheram uma árvore para passar a noite e não viram que seu filho estava pendurado em um galho abaixo do galho no qual dormiam.
No meio da noite, um choro, um berro estridente acordou o pai no susto. Por instinto, pegou a espada que trazia consigo e cravou em um ventre.
Era o ventre de seu próprio filho, pendurado no galho abaixo do seu.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Reclames de uma noite qualquer

É Freud Mano!

Freud já dizia: “Viva o país da piada pronta”, “Viva o país da piada pronta”!
Um lugar tão classista, revolucionário briga pra continuar revolucionário!
Esquerda não é oposição.
Emboaba que paga de cara pintada.
 “Façamos a revolução,
Depois vejamos pelo que!”
Um lugar de paradisíaca pós-modernidade.
E vejam só: tiraram da burguesia a liberdade!
Pobrezinhos. Logo eles, com tanto a reclamar
De seu governo assistencialista,
De sua política paternalista,
De seu espírito fascista

E sua vida hedonista!                                                               

sábado, 14 de setembro de 2013

Gabriela

Cada erro que eu cometer será um motivo a mais para superar o erro. 
Cada dia que eu acordar do teu lado será um dia a mais bem vivido em minha vida. 
Cada noite que eu não passar contigo será desperdício de energia. 
Cada decisão tomada junto com você será a certeza de sucesso. 
Cada passo ao teu lado é a certeza de estar no caminho certo. 
Cada palavra trocada com você será uma razão para continuar.
Cada abraço trará a sensação de segurança que tenho contigo.
Cada beijo será uma faísca de nosso amor.
Cada orgasmo será a explosão de nossa energia. 
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Guiomar Baccin
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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

"A Lei do mais forte"

Onde se originou a concepção de que há seres vivos “fortes”, que não são vulneráveis e podem fazer com os “fracos” tudo o que bem entendem quando se trata de defender os próprios interesses? Na história do pensamento ético ocidental, originada na Grécia, a partir do sexto século anterior à nossa era, concepções opostas da natureza viva animada foram elaboradas, por Pitágoras e por Aristóteles. Nossa formatação moral é signatária da concepção aristotélica, antropocêntrica e hierárquica, típica da racionalidade escravocrata. A concepção ética de Pitágoras nos teria levado ao domínio não-tirânico sobre outras espécies vivas, mas ela continua a ser ocultada nos ensinamentos acadêmicos.

Mesmo formatados moralmente pela tradição aristotélica, somos dotados da capacidade de raciocínio não-escravocrata, algo que a tradição moral tenta boicotar nas crianças, desde a mais tenra idade, mas não pode erradicar da mente humana, pois nela também está arraigada a ideia da igualdade, sem a qual nos sentiríamos moralmente impotentes. Se é verdade que não respondemos pelos erros morais cometidos por desconhecermos o caráter da formatação moral que nos é imposta socialmente, também é verdade que passamos a responder moralmente pelo que fazemos depois de conhecer os erros aos quais essa formatação moral tradicional nos induziu. Por isso, só se pode ser ético quando se perde a inocência moral, o que quer dizer, é preciso conhecer o mal para poder evitá-lo.

Estamos num tempo em que não se pode continuar a viver na ingenuidade de recém-nascidos, pois estamos mais próximos da morte total do que jamais o estiveram nossos antepassados. Refiro-me à morte de todas as espécies vivas, ameaçadas pela violência de nosso modo atual de viver, produzir, consumir e descartar. Consumir a vida alheia tornou-se a forma de vida de todos os humanos, da alimentação ao vestuário, do lazer ao medicamento, da cosmética à guerra. Tudo passa por tirar a vida dos animais, ou privá-los de seu bem-estar específico. Desde o Código de Hamurábi, a vida das bestas tinha valor, por ser objeto de troca. Hoje, quatro mil anos mais tarde, a vida de qualquer animal só tem valor se for de interesse comercial.

Sônia T. Felipe – Revista Páginas de Filosofia, v. 1, n. 1, jan-jul/2009

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Os viajantes Cristais


Os viajantes Cristais


Chegamos para trazer a luz
Viemos com o exercito da paz,
Abdicamo-nos de confrontos, pois,
Viemos propagar a energia Cristal.
Ultrapassamos as cortinas do plano etéreo
Com o combustível da sustentabilidade mental.
Somos espíritos viajantes, sucessores índigo,
Viemos trazer o plano para a evolução humana, e,
Livrá-los das agressivas garras do destino mortal.

Investidos como juízes, condenamos o ego, e,
Tudo que venha a degradar o corpo material
Desta espécie que roda em torno de si.
Na condição humana, manifestamo-nos,
Ainda quando no involucro corpo de uma criança.
Viemos, com o amor embutido em nossa mente,
Oferecer a salvação para esses seres descrentes
Que hoje se encontram há um passo de Caim.

O Deus-Universo fala!... As estrelas projetam a sua voz.
O nosso coronário chacra contata mensagens divinas.
Nossa Sensibilidade é demasiada. Quando o outro se fere,
Também nos ferimos, quando o outro ama...
Ficamos extasiados, pois esta é a nossa maior conquista.

- Carlos Conrado 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Série: Freud Já Dizia!

Freud já dizia: buscamos a satisfação da libido! A flexibilidade moral e a liberdade do século XXI nos permitem ver símbolos fálicos por toda a parte. A criatividade bolina nossos desejos. Um assédio desmedido, a saciação descomunal dos desejos imediatos. Imediatismo! Buscamos – já, agora! – o paraíso na terra, portanto observamos o homem antropologicamente petrolífero, o indivíduo eletricamente super poderoso!
O objetivo da civilização é proporcionar conforto aos traseiros e egos alheios. Não conseguimos mais abandonar as regalias que a ciência nos deu. Evoluímos: somos os Homo Ignóris Esforçús Sapiens. Note que o sapiens vem por último.
As regalias científicas acomodam nosso instinto primitivo de sobrevivência (somos vadios), seccionam-nos em cátedras minúsculas do conhecimento potencializando a distância e a dependência dos homens (somos sozinhos e despreparados). A informação pasteurizada – ingenuamente imparcial – ministrada com apelação sexual para saciação da ordem libidinosa funciona como um Viagra moral, trazem uma falsa – e muitas vezes duradoura – sensação de conforto e preparo (a propaganda de cerveja com mulher semi-nua no intervalo do jornal não é por acaso, é fruto do mundo pop que consome ideais prontos).

No fim das contas temos: a mídia masturba o ser que goza com o capitalismo, mas broxa para a existência. 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Desenterrando a série Freud já dizia

     Freud já dizia: “Viva o país da piada pronta”. Um lugar tão classista que revolucionário briga pra manter status de revolucionário! Emboabas aproveitam pra pagar de cara pintada. Esquerda não é oposição. “Façamos a revolução, depois descobriremos por que!” Um lugar de paradisíaca pós-modernidade. E vejam só: tiraram o direito da burguesia criticar! Pobrezinhos. Logo eles, com tanto a reclamar de seu governo assistencialista.
     Acusam-nos de sermos paternalistas. Mas o problema é com a mãe. Portugal foi uma má mãe e agora deu nisso. Ganhamos a independência de mão beijada e não deixamos de amar mamãe Portugal. O brazil tem Complexo de Édipo! É Freud mano.
     Só pode dar em piada um lugar que não entende bem o livro fundamento do próprio sistema. É Freud mano.


     E quando perguntarem filosofia pra que? Responda “Pra fazer piadas do tipo, ‘é Freud mano’”.