Freud já dizia: buscamos a satisfação da libido! A flexibilidade moral e
a liberdade do século XXI nos permitem ver símbolos fálicos por toda a parte. A
criatividade bolina nossos desejos. Um assédio desmedido, a saciação descomunal
dos desejos imediatos. Imediatismo! Buscamos – já, agora! – o paraíso na terra,
portanto observamos o homem antropologicamente petrolífero, o indivíduo eletricamente
super poderoso!
O objetivo da civilização é proporcionar conforto aos traseiros e egos
alheios. Não conseguimos mais abandonar as regalias que a ciência nos deu. Evoluímos:
somos os Homo Ignóris Esforçús Sapiens. Note
que o sapiens vem por último.
As regalias científicas acomodam nosso instinto primitivo de
sobrevivência (somos vadios), seccionam-nos em cátedras minúsculas do
conhecimento potencializando a distância e a dependência dos homens (somos
sozinhos e despreparados). A informação pasteurizada – ingenuamente imparcial –
ministrada com apelação sexual para saciação da ordem libidinosa funciona como
um Viagra moral, trazem uma falsa – e muitas vezes duradoura – sensação de
conforto e preparo (a propaganda de cerveja com mulher semi-nua no intervalo do
jornal não é por acaso, é fruto do mundo pop que consome ideais prontos).
No fim das contas temos: a mídia masturba o ser que goza com o
capitalismo, mas broxa para a existência.
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