quarta-feira, 20 de outubro de 2010

De amigos melhor ouvir o destino...

O corvo

Meia noite!
Falo à porta do quarto que me range.

Não durmo,
descasco maçanetas
tomo acento
brindo à noite com taça de lua.

Enquanto suspiro,
um eco se esfumaça – asa
abrindo minhas janelas.

A noite não é só minha.

Pequem
não sejam covardes, Ele só se assusta
ao ouvir seu nome – Noite!

De amigos melhor ouvir o destino,
nunca corvo
nem ave sem retorno.

Carmen Silvia Presotto