quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Meus Restos

Perdi-me de você...
O tempo certo separou as mesmas escolhas,
Mas nosso mundo divide-se por si só.
Penso que estou tão pronta quanto capaz...
Enlouqueço-me e perco meu pouco juízo em razões desgovernadas.
Perdi-me de mim mesma...
De meus afetos e seguranças,
Deixei para depois meus sonhos; imobilizei meus desejos.
Anestesiei.
Quão doce fazem-se suas palavras...
Faz-se até necessário seu corpo.
Iludo-me em meus devaneios,
Em minhas contradições,
Versos poucos e desesperados.
Sou tão pequena Maria,
Sou Madalena que pouco sabe enganar...
Sou eu e Deus lutando por um rumo decente,
Por escolhas que não transformar-se-ão em perdão.
Sou o menino tão bobo quanto seus anseios,
Tão fria quanto meus planos futuros,
Tão vazia quanto às batidas do relógio.
Vaga como uma obra inacabada!
Ah, perdi-me de tudo mais que há...
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