sexta-feira, 11 de novembro de 2011

 

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
PEDIDO DE RESPEITO


Venhamos hoje a reunião do Consuni tornar público um ato que nos deixou ofendidos.
Iremos expor uma pequena narrativa relatando algo que nos aconteceu e que feriu não só os alunos envolvidos, mas sim todas as pessoas que tomaram ciência do ocorrido. Tratou-se de um desrespeito silencioso repleto de palavras estúpidas não esperadas até o momento de alguém tão bem formado como nosso Magnífico Reitor. Talvez nossa autoridade não se lembre do acontecimento até porque “quem bate nunca se lembra, mas quem apanha nunca esquece” como diz a música de Chico Rey e Paraná, mas iremos ao longo do texto nos esforçar para que algo volte a sua memória.
Gostaríamos de deixar claro que nosso objetivo aqui não é cobrar competência dos órgãos responsáveis pelo pagamento de nossos auxílios, mas sim expor um evento que partiu inicialmente com o pedido de agilidade de tais órgãos, por conta dos atrasos, ao reitor por alguns alunos. Iremos expor algo que nos aconteceu e devido a isso aproveitamos para exigirmos respeito, não só conosco, mas de uma forma geral.
Mês passado muitos alunos ficaram revoltados por conta deste atraso no pagamento dos auxílios, porém foi entendido que muitas vezes essa burocracia foge da competência do próprio órgão responsável por essa administração.
Três alunos, por coincidência todos oriundos de outras regiões do Brasil, se encontraram por acaso no início da tarde de quinta-feira (20/10) com o Magnífico Reitor Jaime Giolo no pátio da universidade, estavam ali para saber o motivo do atraso dos auxílios. Quando foi dito a procedência dos alunos foi percebido de imediato seu descaso pela situação, sua falta de respeito, ele os tratou com descaso e deboche, sua maneira de olhar, seu jeito de agir e falar demonstrou isso. O que não foi entendido, pois nossa autoridade foi tratado com o devido respeito a quem sua pessoa merece, como qualquer outro, até mesmo nós reles estudantes.
Segundo os alunos, seu cinismo seu deu logo de início quando começaram a expor a dificuldade que estávamos passando por conta do atraso dos auxílios. Como disse, estava jogando paciência e tivemos que entrar em seu jogo.
Ao expor a situação o reitor recordou uma de suas fases vividas como estudante. Segundo os estudantes ele disse: “em minha época de graduação eu trabalhava para pagar a mensalidade”, ou seja, foi entendido que naquela época ele não era... O que somos hoje. E o que somos para todos vocês? Acham que estamos aqui de graça, e por isso não podemos reclamar? Pois bem, é o que parece. Outro discurso forte aqui seria de que vocês pagam para nós estudar. Essa verba é federal, não aceitaremos mais este discurso caduco.
Queremos mais respeito, não estamos aqui de graça, não estamos aqui exclusivamente por boa vontade, não recebemos auxílios por conta da boa vontade de alguns, há políticas que asseguram esse direito aos alunos.
Para concluir reforço, não estamos aqui para ofendê-los ou atacá-los. Estamos aqui unicamente para exigirmos o mínimo respeito que merecemos como estudantes, melhor, como seres humanos.
Essa universidade não é exclusivamente da região sul, não é da cidade, nem do reitor, não é de nenhum de vocês em particular, essa universidade é de todos de forma coletiva, merecemos respeito de forma igualitária.
Obrigado pela atenção.