sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sobre o amor e sobre o desconhecido

Quantos grãos de areia avivam o singelo deserto?

Se este infinito ouro puder contar, quantos há de encontrar
Antes que um de nós conheça o amor.
Que quer que se faça; que música se deseje dançar;
Que cheiro há de se sentir,
Antes que se toque tal pele e se sonhe tal sonho?
Que caminho estranho se ande;
Que tom de voz estimule pequenos gestos;
Que sexo absoluto há de se provar,
Antes que toda vida se escape;
Fuja tão depressa que nem dê tempo de chorar...
Em um instante existirá a dor do fim,
O lar abandonado agora pode ser o pequeno jardim
Se o breve sonar de adeus,
Despedaça mais um coração desajustado,
O eterno esperar - então - é apenas meu,
Para agora e para sempre!