sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Pranto do Mundo

São tantas as mentiras
São tantas a s verdades
São tantas as armaduras


Toda a água do universo
não limpará essas sangrias...
O ar de todos os planetas
não varrerá essas loucuras...


São tantas as ditaduras para tão poucas penas
São tão poucos olhos a viver



pensamentos soltos
gritos de liberdade
letras organizadas
chamas de despertares
não eliminarão essa cegueira...

São tantas as palavras amassadas em amarguras
que até da Lua
se ouve o pranto desse mundo.

Poema de Carmen Silvia Presotto
Fotografia de Robert Parkeharrison