O caos existe em tudo. A grande trama da entropia enreda aleatoriamente o véu das fiadeiras. O alheio é único e completo. Bate sorrateiro entre as dimensões a ausência de intenção, o descaso, a sordidez. E no vazio ritombante, o chiado da existência dança o ritmo frio da tristeza, flerta o sadismo, repousa suave nos braços da violência. Só então a sensatez já estará esquecida. Como um antigo relógio quebrado, nem tão util nem tão precioso.
Mesmo impossivel, a subversão de todos os valores deve ser almejada. Ela amplia o rol de possibilidades e explora a triste liberdade a qual estamos aprisionados.
Observar passional o vórtex de desejo no interior do indivíduo é necessário. O olho do furacão triturador de super-ego emerge cada dia mais e escancara uma sociedade inescrupulosa. O mercado absorve nossa personalidade.
Somos máquina de pulsão do desejo alheio. Cairam as referências, pouco se sabe quem é. Maximizamos a vida íntima. Egos flamejantes masturbados pela mídia, mão doce do capital. Vibramos em altas frequência. Esses efemeros nós, tão pouco verdadeiros, tão derradeiros e cada vez mais finitos. Acabaram-se os tempos da imortalidade, acabaram-se os tempos todos.
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