quinta-feira, 13 de junho de 2013

Impressões insones

As palavras são mortas. Jorram melífluas delineadas por lábios e línguas. Uma vibração de cordas cortando o ar vazio. É isso, num variante de vazio e ar as palavras morrem.
Profundas. Nascem para colorir o intimo solitário de alguém. Percorrem milhas incalculáveis até atingir a realidade e deparar-se com uma impossibilidade. Elas não existem. São mortas.
Ímpares. Carregam algo de essência etérea que se desfaz. Partindo do mundo ideal onde são concebidas as palavras-ideias esfarelam-se, esfacelam-se, desvirtuam-se, envenenam-se. E morrem.
IMPOSSIVELMENTE, E ISSO DIGO COM MAIS CERTEZA DE QUE ME É POSSÍVEL OU RAZOÁVEL, EXISTEM OU CUMPREM MINIMAMENTE SEU PAPEL – TAIS MALDITOS ENGODOS! – JAMAIS CONECTARÃO PESSOAS OU ACALENTARÃO ALMAS! AS PALAVRAS, SÃO MORTAS. MORTAS!

O entendimento é uma crença. Uma convenção forçosa como qualquer outra. A distancia milenar e eterna entre cada um não pode ser vencida com vibração de ar, com algo envenenado ou desvirtuado. Falar é exercitar o nada. Excitar-se sem par.