As palavras são mortas.
Jorram melífluas delineadas por lábios e línguas. Uma vibração de cordas
cortando o ar vazio. É isso, num variante de vazio e ar as palavras morrem.
Profundas. Nascem para
colorir o intimo solitário de alguém. Percorrem milhas incalculáveis até
atingir a realidade e deparar-se com uma impossibilidade. Elas não existem. São
mortas.
Ímpares. Carregam algo
de essência etérea que se desfaz. Partindo do mundo ideal onde são concebidas
as palavras-ideias esfarelam-se, esfacelam-se, desvirtuam-se, envenenam-se. E
morrem.
IMPOSSIVELMENTE, E ISSO
DIGO COM MAIS CERTEZA DE QUE ME É POSSÍVEL OU RAZOÁVEL, EXISTEM OU CUMPREM
MINIMAMENTE SEU PAPEL – TAIS MALDITOS ENGODOS! – JAMAIS CONECTARÃO PESSOAS OU
ACALENTARÃO ALMAS! AS PALAVRAS, SÃO MORTAS. MORTAS!
O entendimento é uma
crença. Uma convenção forçosa como qualquer outra. A distancia milenar e eterna
entre cada um não pode ser vencida com vibração de ar, com algo envenenado ou
desvirtuado. Falar é exercitar o nada. Excitar-se sem par.
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