Todos os dias
Os mesmos dias do ano
passado
Outros momentos
Outra coisa pra se
olhar
E pensa-se o oposto de
outra hora
E o minuto passa raso
E resbala no que é
superficial
O supérfluo muda de
lugar
O que importa, sempre
fica onde está
Mas pouco se fala
Quase nada se analisa
Todos os séculos
São círculos a girar
A maioria continua lá
E os outros tentam
Não se conformar
Estúpidos continuam a
cantar
E veem beleza onde nada
há.
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