domingo, 1 de maio de 2011

Amor de Conveniência



A mesma chave move-se de leve,
Pouco barulho se houve ao entrar,
A porta nem é trancada,
De tão breve que se há de sair.
Esquece-se do verão e das camélias,
É outono outra vez...
E é amor outra vez!
O vento bate de mansinho no rosto de traços finos,
O cheiro do corpo pequeno, é singelo.
Sem brisa, sem ilusão os sonhos acontecem.
Esquece-se dos rancores, as dores, a ausência de outros amores.
Termina-se e tudo esta leve; se dá adeus. (Ou até breve?)
Anda devagar e nem sequer olha pra trás,
E some no vazio de seus passos...