As coisas não devem mudar!
Eu aqui, você ali, a lua lá.
Onde tudo por deverás é o seu lugar.
O mar não há de mudar!
Suas ondas eternamente tocando a areia,
Cada grão esperando a gota certa para beijar.
A vida não pode mudar!
O silencioso andar, poucos gestos pra falar...
Todo toque preciso, toda força necessária.
Os sentidos não hão de mudar!
O gosto inodoro do amor, o som absurdo da dor,
... o cheiro intenso do mal.
Nem todo toque no escuro é um tato de solidão!
As coisas não devem mudar!
Os gênios continuarão imortais,
Toda guerra ainda será em vão,
E o trigo não deixará de ser pão!
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