sábado, 31 de julho de 2010

Não há limites

Saber que quando me afasto,
Caem agulhas lá fora.
Lá fora.

Parece uma medonha superfície,
Vista de um lado.
E do outro lado, outros lados!

Olhou com olhos limitados,
E não viu o que caiu além do buraco,
Pois há um certo e um errado.

É triste um ouvinte que apenas compreende.
Abrem-se as janelas e ouvem os sons delas...
Pois há lá fora e aqui dentro.

Comoveu-se com a dor?
Não é suficiente uma voz sem violão.
Ouve-se a voz, mas não a canção.

Conheço-lhe, vejo-lhe, ouço-lhe e falo-lhe.
Sinto-lhe, entendo-lhe, percebo-lhe, mas, todavia...
Reconheço minhas atitudes de excessivamente,
Importa-me em adentrar-lhe, em estudar-lhe, pois,
És tu, de meu estudo, a inspiração!

Neurociência e progresso.
Em qualquer lugar da mente,
Há intensa atividade!

Mesmo que ainda não se saiba o quê,
Há eletricidade em todo você,
Fazendo alguma coisa.

Por isso, me afasto.
Caem agulhas em mim, e transmitem percepção.
Deste lado não há limites nem comportamentos esperados.
Todo o corpo sente.
Todo o cérebro entende
Quando uma onda mergulha ao mar, há de ser o mar que se desdobra”.

Sara Gehlen
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