terça-feira, 31 de maio de 2011
Virtude x Desespero
Pacientemente escutarei o seu choro,
como você reclama por ser tão amada.
Para aproveitar o vinhedo
é preciso separar o cacho.
Você não se sente feliz, mas se sente preparada?
Sinto-me como o trabalho que devo fazer.
Preciso juntar minhas peças, me remontar.
Preciso tomar um café, me esquentar.
Muita coisa você sabe, finge não saber,
Muita coisa você não sabe, precisa aprender.
A insegurança deve ser passageira,
como a escuridão, durante a noite.
A confiança deve ter certeza,
como o sol que chega dia após o outro.
Diferentemente dos pertences que trouxestes,
que sua alegria não caiba em uma caixa,
E que nem sua ela seja, que você consiga ser fonte
E derramar em todos sua luz.
Guiomar Baccin
.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
poemas enRedados
Olhem lá os enRedados em Vidráguas, leiam e tomara que gostem... um beijo grande a todos por aqui, boa semana.
http://vidraguas.com.br/wordpress/2011/05/22/10292/
Carmen Silvia Presotto - Vidráguas
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Carmen Silvia Presotto - Vidráguas
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Sobre o amor e sobre o desconhecido
Quantos grãos de areia avivam o singelo deserto?
Se este infinito ouro puder contar, quantos há de encontrar
Antes que um de nós conheça o amor.
Que quer que se faça; que música se deseje dançar;
Que cheiro há de se sentir,
Antes que se toque tal pele e se sonhe tal sonho?
Que caminho estranho se ande;
Que tom de voz estimule pequenos gestos;
Que sexo absoluto há de se provar,
Antes que toda vida se escape;
Fuja tão depressa que nem dê tempo de chorar...
Em um instante existirá a dor do fim,
O lar abandonado agora pode ser o pequeno jardim
Se o breve sonar de adeus,
Despedaça mais um coração desajustado,
O eterno esperar - então - é apenas meu,
Para agora e para sempre!
Se este infinito ouro puder contar, quantos há de encontrar
Antes que um de nós conheça o amor.
Que quer que se faça; que música se deseje dançar;
Que cheiro há de se sentir,
Antes que se toque tal pele e se sonhe tal sonho?
Que caminho estranho se ande;
Que tom de voz estimule pequenos gestos;
Que sexo absoluto há de se provar,
Antes que toda vida se escape;
Fuja tão depressa que nem dê tempo de chorar...
Em um instante existirá a dor do fim,
O lar abandonado agora pode ser o pequeno jardim
Se o breve sonar de adeus,
Despedaça mais um coração desajustado,
O eterno esperar - então - é apenas meu,
Para agora e para sempre!
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domingo, 1 de maio de 2011
Amor de Conveniência
A mesma chave move-se de leve,
Pouco barulho se houve ao entrar,
A porta nem é trancada,
De tão breve que se há de sair.
Esquece-se do verão e das camélias,
É outono outra vez...
E é amor outra vez!
O vento bate de mansinho no rosto de traços finos,
O cheiro do corpo pequeno, é singelo.
Sem brisa, sem ilusão os sonhos acontecem.
Esquece-se dos rancores, as dores, a ausência de outros amores.
Termina-se e tudo esta leve; se dá adeus. (Ou até breve?)
Anda devagar e nem sequer olha pra trás,
E some no vazio de seus passos...
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